䲹ܾã. Mês mariano foi marcado pela "maratona espiritual" desejada pelo Papa
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A difusão da Covid-19 ainda mantém as igrejas fechadas no Cazaquistão - país da Ásia Central - e a comunidade dos fiéis de Karaganda viveu o mês mariano "à distância", mas em comunhão com os santuários do mundo inteiro.
É o que conta à Fides – agência missionária da Congregação para a Evangelização dos Povos – o bispo de Karaganda, dom Adelio Dell'Oro: "Dada a impossibilidade de reunir-se em lugares de culto, enviei uma carta a todos os fiéis, convidando-os a participar da 'maratona espiritual' desejada pelo Papa Francisco, uma oração mariana que envolveu 30 santuários de todos os continentes".
"Aqueles que não puderam participar por causa da diferença de horário, porém, tiveram a oportunidade de rezar o terço transmitido diariamente pela Diocese de Almaty e pelo pároco da Catedral de Karaganda", continua dom Adelio.
Representação da Virgem com característica de mãe cazaque
O culto mariano é vivido com grande devoção pelos fiéis de Karaganda. A catedral, dedicada a Nossa Senhora de Fátima, contém várias representações marianas, como a única estátua da Virgem retratada com traje e características cazaques.
Dom Adelio traça sua história: "A 'Rainha Mãe, Virgem Maria de Karaganda' foi-nos dada por Maria Luísa e Marisola López Fernández, professoras da Universidade de Navarra que anos atrás, durante um período de ensino no Cazaquistão, notaram que a catedral não tinha referências à cultura local".
A estátua de carvalho foi esculpida e decorada pelo artista Remy Insam e representa Nossa Senhora, que parece oferecer o Menino Jesus: "Esta representação extraordinária nos lembra a verdade do mistério da Encarnação, o Filho de Deus, feito carne, tornou-se Emanuel, Deus conosco, verdadeiro Homem, um de nós. Portanto, a Mãe de Deus tem o rosto e a roupa delicada característica de uma menina cazaque, uma jovem mãe", conta o bispo.
Testemunho significativo de duas mulheres cazaques
A estátua foi abençoada por ocasião do 7º aniversário de consagração da Catedral, da qual também participou o bispo de Fidenza - norte da Itália -, dom Ovidio Vezzoli.
Dom Adelio diz ainda:
"Naquela ocasião, convidei também o imame mais importante da região, a quem pedi para contar como os muçulmanos veneram Maria. No final dessa celebração, recebi o testemunho significativo de duas mulheres cazaques: uma me disse que a partir daquele momento ela se sentiria realmente em casa, enquanto uma moça mais jovem me disse que se reconhecia nos traços do rosto daquela estátua."
A Catedral também abriga outras representações marianas, incluindo uma estátua esculpida em uma árvore proveniente de Fátima, para lembrar a Virgem a quem a Catedral é dedicada, e o tríptico de Nossa Senhora dos Lagers de Karaganda, que lembra a história de sofrimento do povo cazaque durante o período soviético.
Presença católica no país da Ásia Central
Hoje a cidade de Karaganda tem 4 igrejas católicas, um seminário internacional e um convento de clausura das irmãs carmelitas. A Diocese de Karaganda inclui duas regiões e ocupa um território duas vezes e meia o tamanho da Itália. As cerca de 20 paróquias estão separadas por enormes distâncias: as mais distantes encontram-se a 1700 km uma da outra.
No total, em todo o território do Cazaquistão existem 4 dioceses católicas, para um total de 70 paróquias. Há 91 sacerdotes no país, entre os quais 61 diocesanos e 30 religiosos. Os católicos representam uma pequena minoria: de acordo com dados oficiais fornecidos pelo Ministério das Relações Exteriores do Cazaquistão, dos mais de 17 milhões de habitantes do país, cerca de 26% são cristãos, e 1% destes são católicos.
(Fides)
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