Pe. Swamy, preso há 7 meses na ÍԻ徱, está internado em terapia intensiva
Andressa Collet - Pope
O Padre Stan Swamy, de 84 anos, ativista dos direitos humanos dos povos indígenas - em especial pelas tribos de Jharkhand, ele estaria internado com Covid-19 no Hospital Sagrada Família de Mumbai, na Índia. Segundo informações deste sábado (29) da Agência de Notícias AsiaNews, o sacerdote jesuíta foi transferido na sexta-feira à noite (28) para a Unidade de Terapia Intensiva.
O Tribunal Superior de Mumbai havia adiado para 7 de junho a análise do terceiro pedido de fiança para o Pe. Swamy, preso há mais de 7 meses sob a acusação de terrorismo e sedição. Além disso, está usufruindo de uma "liberdade temporária" de 15 dias, devido à saúde muito debilitada. De fato, amigos e familiares haviam expresso grande preocupação pelas suas condições físicas e, em particular, que pudesse ter contraído Covid-19 na prisão de Taloya, onde vários internos foram infectados.
Na manhã deste sábado (29), o Pe. Frazer Mascarenhas, ao visitá-lo no hospital, confirmou que o Pe. Swamy "está fraco, mas estável e parece aliviado". Além disso, referiu que os jesuítas e muitos outros estão rezando por ele. Foi quando o ativista teria comentado: "eu sei bem disso, e é por causa dessa solidariedade do mundo inteiro que eu continuo o meu caminho".
Entenda o caso
O Pe. Swamy foi preso em 8 de outubro, juntamente com outros 15 ativistas sociais pelos direitos dos Adivasi, todos acusados, de acordo com a Unlawful activities prevention act - UAPA ("Lei de Prevenção de Atividades Ilícitas", em tradução livre), de terrorismo e cumplicidade com os rebeldes maoístas e, em particular, de um suposto envolvimento nos motins que eclodiram em 2018 em Bhima-Koregaon, no Estado de Maharashtra. Acusações que o sacerdote sempre rejeitou. Apesar da idade e das precárias condições de saúde associadas ao Parkinson, as autoridades indianas até agora também rejeitaram sua libertação sob fiança.
Nestes meses, inúmeros apelos foram lançados por vários membros da Igreja na Índia, mas também do exterior, pela sua libertação por razões humanitárias para que ele pudesse se tratar e se defender das injustas acusações contra ele. Os apelos – incluindo aqueles de três cardeais indianos em janeiro passado, durante uma reunião com o primeiro-ministro Narendra Modi - não surtiram efeito.
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