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Conflito na Faixa de Gaza Conflito na Faixa de Gaza 

°äá°ù¾±³Ù²¹²õ Internacional, Gaza: faltam medicamentos e produtos básicos

Os bombardeios que atingem a Faixa de Gaza nestes dias, além de causarem vítimas entre a população, correm o risco de desencadear uma crise humanitária. A irmã Bridget Tighe, secretária-geral da °äá°ù¾±³Ù²¹²õ Jerusalém, descreve a situação atual: as pessoas não encontram refúgio seguro e falta tudo, inclusive medicamentos.

Lisa Zengarini - Pope

Não há trégua na Faixa de Gaza onde, não obstante a ofensiva diplomática da Comunidade internacional para deter a escalada de violência, continuam os bombardeios da Força Aérea israelense com ataques a áreas civis densamente povoadas, em resposta aos foguetes lançados por Hamas contra Israel. Esta noite, o Exército israelense registrou cerca de noventa foguetes aos quais respondeu atacando 65 alvos com a força aérea.  Desde o início das hostilidades, foram lançados 3.440, 90% dos quais interceptados pelo sistema de proteção Iron Dome.

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Milhares de pessoas presas na Faixa de Gaza

Neste contexto, a Cáritas Internacional fez um apelo urgente, nesta segunda-feira (17), para levar assistência médica à população afetada pelos bombardeios. No local, a Cáritas Jerusalém se prepara para responder às necessidades urgentes dos milhares de feridos e milhares de pessoas obrigadas a deixar suas casas. "Os bombardeios são extremamente intensos. A população de Gaza viveu muitas guerras durante muitos anos, mas todos concordam que desta vez é completamente diferente. Eles estão presos nesta faixa de terra densamente povoada à mercê de violentos bombardeios aéreos e sem onde encontrar refúgio", ressalta a irmã Bridget Tighe, secretária-geral da Cáritas Jerusalém, descrevendo a situação na Faixa de Gaza onde vivem mais de dois milhões de pessoas numa área de cerca de 365 quilômetros quadrados e da qual é impossível fugir por causa do bloqueio israelense. Desde 2007, a Faixa de Gaza tem estado sob um bloqueio total controlado por Israel com uma pequena seção sul controlada pelo Egito. "As pessoas tentam salvar suas vidas procurando refúgio nas escolas, onde até 14 de maio, 17 mil já tinham encontrado abrigo", diz a irmã Tighe. 

Cáritas Jerusalém: existe o risco de uma crise humanitária

Segundo fontes palestinas, desde o início das hostilidades em 10 de maio, 212 palestinos foram mortos em Gaza, incluindo pelo menos 61 crianças, e mais de 1.400 feridos. Dez foram as vítimas de foguetes israelenses, incluindo um menino, e 294 feridos. Uma mãe e quatro filhos foram mortos durante um ataque aéreo que atingiu edifícios residenciais no campo de refugiados de Al Shati, perto da clínica da Cáritas que está atualmente fechada por causa dos repetidos ataques contra civis e infraestruturas.

"Os bombardeios contínuos ainda não permitem que a Cáritas Jerusalém intervenha, mas assim que o cessar-fogo entrar em vigor, forneceremos atendimento traumatológico ambulatorial e atendimento básico de saúde em nossa clínica", explica a irmã Tighe. O mesmo vale para as unidades móveis e equipes médicas da clínica. A Cáritas precisa de recursos adequados para fornecer assistência médica, alimentos e outros produtos básicos para as populações afetadas nas diferentes áreas da Faixa de Gaza. Ao novo agravamento das hostilidades, com sua carga de mortes, soma-se o risco de uma crise humanitária com cerca de 40 mil palestinos deslocados e 2.500 pessoas que perderam suas casas por causa dos bombardeios.

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18 maio 2021, 13:40