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¡°Um passo importante para a reconciliação¡±. O presidente da Comissão de Justiça e Paz da Conferência Episcopal Alemã (DBK), Dom Heiner Wilmer, perpetrado pela Alemanha contra as populações dos Herero e dos Nama na Namíbia durante a era colonial.
Entre 1904 e 1908, dezenas de milhares de Herero e Nama que se rebelaram contra os colonos alemães que haviam se apossado de suas terras foram massacrados no que muitos historiadores consideram o primeiro genocídio do século XX.
Na sexta-feira, 28, depois de mais de cinco anos de difíceis negociações sobre esses trágicos acontecimentos, Berlim reconheceu o imenso "sofrimento infligido às vítimas" e sua "responsabilidade histórica e moral", anunciando que vai indenizar a Namíbia pelas "atrocidades" cometidas. Segundo o ministro Heiko Maas, a Alemanha apoiará a "reconstrução e desenvolvimento" do país africano por meio de um programa financeiro de 1,1 bilhão de euros que será pago ao longo de 30 anos em benefício, em primeiro lugar, dos descendentes das vítimas.
¡°O acordo com a Namíbia, e em particular o reconhecimento oficial de que o regime colonial alemão cometeu um genocídio contra os Herero e os Nama, representa um importante avanço, um sinal de que o governo federal está assumindo concretamente sua responsabilidade histórica e isso merece respeito¡±, comentou Dom Wilmer. ¡°Reconhecer sinceramente culpas e responsabilidades abre o caminho para novos passos em direção à cooperação e reconciliação".
Segundo o presidente da Justiça e Paz da Alemanha, o acordo é um exemplo também para outras ex-potências coloniais europeias: ¡°As consequências da história colonial têm um impacto duradouro em muitas sociedades e relações internacionais e muitas vezes dificultam nossa capacidade de agir em conjunto. Um exame honesto e autocrítico dessa história complexa é um pré-requisito para construir relacionamentos de confiança¡±, afirma o prelado.
¡°No entanto - acrescenta Dom Wilmer - o acordo só dará frutos se os atores sociais da Alemanha e da Namíbia o concretizarem, porque enfrentar as consequências do colonialismo só pode ser feito em conjunto e não é tarefa exclusiva do Estado. A Igreja Católica estará envolvida neste processo¡±, especifica ele.
A Comissão Justiça e Paz, apoiada pela Conferência Episcopal alemã e pelo Comitê Central dos católicos alemães, já está trabalhando em projetos específicos neste campo, juntamente com organizações humanitárias e parcerias eclesiais internacionais.
O território da atual Namíbia tornou-se uma colônia alemã em 1884, recebendo o nome de Deutsch-Südwestafrika. Mais de 60.000 pessoas perderam a vida nos campos de concentração onde foram presos os Herero, durante a repressão à rebelião. Invadido durante a Primeira Guerra Mundial pela África do Sul, o país permaneceu sob seu controle até 1989, quando se tornou independente.
Pope Service - LZ
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