EUA: Igreja publica estudo sobre perfil vocacional dos sacerdotes ordenados em 2021
Alina Tufani - Pope
A idade com que responderam ao chamado ao sacerdócio, de onde são provenientes, quem encorajarou ou criticou sua decisão, tiveram ou não uma educação católica na família ou na paróquia? Estas são apenas algumas das perguntas que fazem parte do questionário realizado pelo Centro de Pesquisa Aplicada no Apostolado (CARA) da Universidade de Georgetown, Estados Unidos, que desde dezembro de 2005, a pedido do Comitê para o Clero, Vida Consagrada e Vocações (CCLV) da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), realiza um levantamento anual sobre a origem, vocação e formação dos novos sacerdotes.
No contexto do 58º Dia Mundial de Oração pelas Vocações celebrado neste Domingo do Bom Pastor, 25 de abril, o presidente do CCLV, Dom James Checchio de Metuchen, convida os fiéis a elevar orações por aqueles que atualmente discernem e vivem as vocações ao ministério ordenado e à vida consagrada. E de modo especial, neste ano dedicado a São José, que, como afirma o Papa Francisco na sua para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações deste ano, é um guia para pais e mães, quer biológicos como espirituais, que buscam fomentar o dom da vocação no coração de seus pupilos.
¡°Vivemos tempos muito desafiadores, cheios de incertezas e temores, mas São José ensina-nos, sobretudo aos nossos jovens, que a fidelidade constante e silenciosa a Deus é o que abre o nosso coração para receber a graça e a paz de Cristo¡±, afirma Dom Checchio em uma nota publicada no site da USCCB, que apresenta os resultados do estudo vocacional e sacerdotal de 2021.
Quem são?
A pesquisa realizada pelo CARA foi enviada entre 15 de janeiro e 13 de março de 2021 aos 472 sacerdotes ordenados ou em preparação para a ordenação em 2021. Um total de 346 ordenados completaram a pesquisa (73%), dos quais 261 foram ordenados ao sacerdócio diocesano (75 %) e 83 ordenados ao sacerdócio religioso (24%). O grupo representa 119 dioceses e eparquias, das quais o maior número é proveniente das Arquidioceses de Chicago (9), Los Angeles (7) e Cincinnati e Miami (6 cada). O maior número de ordenados ao sacerdócio religioso é proveniente da Companhia de Jesus (13) e da Ordem dos Pregadores (8).
Qual a proveniência?
Dois terços dos ordenandos (65%) são caucasianos. Um em cada seis (16%) são latinos hispânicos. Um em cada dez (10%) são asiáticos, nativos das ilhas do Pacífico ou nativos do Havaí. E um em cada vinte (6%) é africano ou afro-americano. Os quatro países de origem mais comuns entre os ordenandos nascidos no exterior são México, Vietnã, Filipinas e Polônia.
O estudo revela que nove em cada dez ordenandos (92%) foram batizados na Igreja Católica quando eram recém-nascidos. Entre aqueles que posteriormente vieram para o catolicismo, a idade média de conversão era de 20 anos. Quatro em cada cinco ordenandos (82%) vêm de famílias onde ambos os pais eram católicos, três em cada dez (30%) têm ou tiveram parente sacerdote ou religioso.
Chamado ao sacerdócio
Em média, os ordenandos consideraram o sacerdócio pela primeira vez quando tinham 17 anos. Nove em cada dez ordenandos (93%) foram incentivados a considerar o sacerdócio por alguém que conheciam, geralmente o pároco, um amigo ou outro paroquiano. No entanto, quase metade dos ordenandos (47%) indicou que foi desencorajado por uma ou mais pessoas, na maioria das vezes, por um membro da própria família, um amigo ou colega de classe.
Família, escola e paróquia
Com relação à iniciação ao catolicismo, um em cada dezessete ordenados (6%) afirma ter sido educado em casa por pelo menos 9 anos. Entre 38% e 44% de todos os ordenandos frequentaram uma escola primária, faculdade ou universidade católica. Três em cada cinco (62%) participaram de um programa de educação religiosa em sua paróquia, por uma média de 7 anos.
Quanto à participação em atividades religiosas antes do chamado vocacional, sete em cada dez (74%) participavam da Adoração Eucarística, proporção semelhante rezava o Terço; dois em cada cinco (41%) participaram de grupos de oração ou participaram de retiros no colégio (39%) e três em cada dez (29%) participaram de retiros universitários. Quase metade de todos os ordenados (46%) participou de um grupo de jovens paroquiais.
A maioria dos ordenados diocesanos viveu pelo menos 18 anos na diocese ou eparquia na qual foram ou serão ordenados, enquanto que os ordenandos nos institutos religiosos conheciam os membros de sua Congregação pelo menos 7 anos antes de entrar no seminário. Três em cada cinco (60%) concluíram um bacharelado ou pós-graduação antes de entrar no seminário. Um em cada treze ordenados (9%) estudou em um seminário fora dos Estados Unidos.
O da USCCB disponibiliza o relatório CARA completo e os perfis da Classe de Ordenação de 2021.
Pope Service - ATD
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