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Foi no dia 12 de fevereiro de 2016, quando o Papa Francisco viajando para o México na sua 12ª Viagem Apostólica Internacional, fez escala em Havana, Cuba, para um encontro histórico com o Patriarca de Moscou e de toda a Rússia Kirill.

Depois de cinco anos daquela data, o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e o Departamento de Relações Eclesiásticas Externas do Patriarcado de Moscou organizaram em conjunto uma conferência online. O tema do encontro será 鈥淚greja e Pandemia: desafios e perspectivas鈥� e será na próxima sexta-feira, dia 12 de fevereiro às 10 horas horário de Roma e pode ser seguida no seguinte link:

Vídeo-Conferência

A vídeo-conferência, informa o site do Dicastério do Vaticano, incluirá dois discursos de introdução: o do Cardeal Kurt Koch e do Metropolitano Hilarion de Volokolamsk, presidentes respectivamente dos dois órgãos promotores do evento. Em seguida, tomarão a palavra o bispo Panteleimon, presidente do Departamento Sinodal do Patriarcado de Moscou de Beneficência Eclesiástica e Serviço Caritativo, e Dom Salvatore Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.

Recorda-se que a reunião de 2016, ao longo dos anos, tem sido comemorada cada vez em lugares diferentes, sempre em colaboração entre o Vaticano e Moscou. Em 2017 as celebrações foram realizadas em Friburgo, Suíça; em 2018 em Viena, Áustria, e focalizaram a situação dos cristãos no Oriente Médio; em 2019 em Moscou, Rússia, e foram dedicadas à questão do fim de vida, enquanto em 2020 o evento foi realizado em Roma, na Pontifícia Universidade de São Tomás de Aquino, sobre o tema "Os Santos - Sinais e Sementes da Unidade".

Encontro em Havana

Anunciado com "alegria" e "pela graça de Deus" há cinco anos por um comunicado conjunto da Santa Sé e do Patriarcado de Moscou, o encontro entre o Papa Francisco e o Patriarca Kirill aconteceu no Aeroporto Internacional José Martí, em Havana, e foi um colóquio pessoal, seguido da assinatura de uma Declaração Conjunta, na qual católicos e ortodoxos se comprometem a responder juntos aos desafios do mundo contemporâneo.

Pontos importantes da Declaração Conjunta de 2016

Entre os pontos do documento destaca-se o apelo ao fim da perseguição aos cristãos e das guerras na Síria, Iraque e Ucrânia; a exortação ao diálogo inter-religioso, definido como "indispensável nesta época perturbadora"; a preocupação pela liberdade religiosa, cada vez mais ameaçada, assim como a convicção "de que a Europa deve permanecer fiel a suas raízes cristãs".

Foi também muito sentido o convite para não ficar indiferente "ao destino de milhões de migrantes e refugiados que batem à porta dos países ricos", assim como o vivo pesar pela crise da família fundada no casamento entre um homem e uma mulher, e pelas ameaças à proteção da vida, representada pelo aborto e a eutanásia. Excluindo proselitismo e uniatismo, a Declaração conclui: "Não somos concorrentes, mas irmãos. Exortamos os católicos e os ortodoxos de todos os países a aprenderem a viver juntos na paz e no amor".

(Pope Service 鈥� IP)