Apóstolo Paulo e os 90 anos da Rádio Vaticano
Dom Carmo João Rhoden SCJ, bispo emérito de Taubaté, SP - Presidente da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Curitiba
O Apóstolo Paulo foi o grande evangelizador de seu tempo. Fez inúmeras renúncias para levar a palavra de Deus ao povo. Não se esquecia dos esquecidos. Mais do que o dom de comunicar, apóstolo Paulo mostrou o quão importante para todos nós é a missão de evangelizar — um propósito incorporado à história da Igreja.
Se todos nós experimentamos as facilidades — e maravilhas — proporcionadas pelas descobertas tecnológicas, também louvamos inspirações seculares, como a própria mensagem que Paulo nos deixou. Evoluímos, mas seguimos preservando a nossa fé.
Naquele tempo, Paulo contava apenas com a força de sua voz e os caminhos que percorreu para levar a palavra de Jesus Cristo ao povo. Também não havia tantos irmãos no mundo. Hoje, somos quase 8 bilhões de pessoas.
Mesmo em uma terra grandiosa e habitada por todos os lados, a Igreja segue firme com sua missão de evangelizar. E uma data aparece como uma das maiores protagonistas do cumprimento deste propósito.
Neste dia 12 de fevereiro, a Rádio Vaticano celebra 90 anos de história. Presente nos cinco continentes, transmitida em dezenas de línguas, a emissora é um bálsamo na vida dos cristãos em todo o mundo.
É graças à Rádio Vaticano, que centenas de milhares de fiéis podem ouvir o Santo Padre. Podem acompanhar os ritos da Igreja, compartilhar suas histórias, promover a vida em comunhão, aprender a cuidar da própria saúde, alegrar o espírito, ajudar ao próximo — podem, enfim, também ser, como o apóstolo Paulo, instrumentos de evangelização.
Tantas possibilidades e histórias compartilhadas diariamente durante esses 90 anos de Rádio Vaticano, que podemos considerá-la um ponto convergente de união com o mundo, com as culturas. Deus se manifesta pelas pessoas. Ele está presente onde quer que estejamos. E milhares delas, cotidianamente, buscam esse alimento para a alma.
Com a pandemia causada pelo novo coronavírus, a Rádio Vaticano reforçou seu protagonismo entre os cristãos. Não apenas de tranquilizar o espírito, mas também de levar aos seus ouvintes, orientação de médicos e da comunidade científica sobre como se proteger e o que fazer diante da Covid-19. Assim, foi — e continua sendo — instrumento essencial para combater as fake news, uma praga capaz de colocar em risco a vida de irmãos inocentes.
Uma realidade que lembra as palavras de apóstolo Paulo. “Toda Escritura Sagrada é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver; para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra†(2 Tim. 3,16-17)
Que possamos louvar e glorificar o papel missionário da Rádio Vaticano, de fortalecimento da união no mundo, da conciliação entre as pessoas, da expressão dos doentes e famintos, da valorização da cultura cristã, da mensageira do Papa — da paz entre os irmãos e irmãs.
Que São Paulo abençoe e ilumine a Rádio Vaticano, nesses próximos anos e por toda nossa história.
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