ҽ

Em manifestação pró-Vida, feto é mostrado diante da Basílica da Virgem de Lujan, padroeira da Argentina Em manifestação pró-Vida, feto é mostrado diante da Basílica da Virgem de Lujan, padroeira da Argentina 

Igreja na Argentina continuará a trabalhar com firmeza e paixão em favor da vida

Junto com o povo, "continuaremos a trabalhar pelas prioridades autênticas que requerem atenção urgente em nosso país", dizem os bispos argentinos em um comunicado.

Pope

Ouça e compartilhe!

“A Igreja na Argentina quer reafirmar, junto com os irmãos e irmãs de várias religiões e também com muitos não crentes, que continuará a trabalhar com firmeza e paixão no cuidado e no serviço à vida. Esta lei aprovada vai aprofundar ainda mais as divisões em nosso país. Lamentamos profundamente o afastamento de uma parte da liderança dos sentimentos do povo, que se expressou de várias maneiras a favor da vida em todo o nosso país”.

É o que afirma a Comissão Executiva da Conferência Episcopal Argentina, ao comentar a legalização da interrupção da gravidez no país. De fato, em 30 de dezembro o Senado aprovou a lei sobre a interrupção da gravidez, já aprovada pela Câmara dos Deputados, que passou por 38 votos a favor e 29 contra.

 

Até agora, o aborto só era permitido se a mulher tivesse sido estuprada ou sua vida estivesse em perigo. A Argentina torna-se assim um dos poucos países da América Latina onde a interrupção da gravidez é permitida, com acesso gratuito ao aborto até a 14ª semana de gestação.

Os bispos sempre condenaram "a incompreensível urgência, a febril obsessão de introduzir o aborto na Argentina, como se tivesse algo a ver com os sofrimentos, temores e preocupações da maioria dos argentinos", e após aprovação pelo Senado reiteraram: “Estamos certos de que o nosso povo continuará sempre a escolher toda a vida e todas as vidas. E junto com ele continuaremos a trabalhar pelas prioridades autênticas que requerem atenção urgente em nosso país: as crianças que vivem na pobreza em número cada vez maior, muitas delas abandonando a escola, a premente pandemia da fome e do desemprego que atinge muitas famílias, bem como a dramática situação dos aposentados, que nestas horas poderão ter novamente seus direitos violados”.

 

O comunicado de imprensa termina com as seguintes palavras: “Abraçamos cada argentina e cada argentino, também os deputados e senadores que bravamente se manifestaram a favor da vida. Defendê-la sempre, sem desistir, nos permitirá construir uma nação justa e solidária, onde ninguém é descartado e onde se pode vivenciar uma verdadeira cultura do encontro”.

Em 22 de novembro, em uma carta enviada à deputada Victoria Morales Gorleri, o Papa Francisco havia reiterado a importância de proteger a vida diante das tentativas de legalizar o aborto na Argentina. A missiva era uma resposta do Pontífice à carta enviada pelas “Mujeres de las villas”, uma rede de mulheres que luta pela tutela dos nascituros, especialmente nos bairros populares de Buenos Aires.

Com Agência Fides

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp

04 janeiro 2021, 09:18