Papua Nova Guiné. Bispos: um Natal com pandemia, mas também com a ç
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Um Natal dificultado pela pandemia da Covid-19, mas, em todo caso, um Natal de esperança, porque “a criança deitada numa manjedoura é um raio de esperança e o sorriso que compartilhamos pode ser mais contagioso do que o vírus que ainda nos assombra.”
É o que escreve o secretário geral da Conferência Episcopal de Papua Nova Guiné e Ilhas Salomão (Pngsicbc), padre Giorgio Licini, numa mensagem difundida no site dos bispos, em preparação para a solenidade de Natal.
Consequências do vírus “têm sido significativas”
“Vamos concluir 2020 de uma maneira diferente em relação a seu início. Ninguém poderia ter previsto que uma pandemia irromperia e mudaria nossa maneira de viver e de pensar”, escreve o religioso, missionário do PIME (Pontifício Instituto Missões Exteriores). No país insular situado ao norte da Austrália, os casos positivos e as mortes, felizmente, não têm sido muitas.
Até o momento são 671 casos positivos e 7 mortos. No entanto, as consequências do vírus “têm sido significativas: as viagens foram limitadas e muitas pessoas ficaram retidas no exterior, muitos projetos foram interrompidos e empregos foram perdidos”.
Governo chamado a não baixar a guarda
Elogiando o governo nacional “por sua abordagem realista e eficaz, aberta às sugestões da ciência e da cooperação internacional” diante da pandemia, padre Licini, no entanto, exorta o executivo a não baixar a guarda, pois “o risco não acabou: o vírus ainda está se espalhando pelo resto do mundo e ainda pode chegar ao Pacífico”, causando consequências dramáticas não só para aqueles que adoecem e morrem, mas também para aqueles que perdem renda e empregos “por causa da crise econômica e financeira”.
De fato, sem um salário “a vida torna-se particularmente difícil para as famílias, o cuidado com a saúde é negligenciado em favor de outras necessidades básicas e a fraqueza da condição humana e a consequente necessidade de fraternidade e amizade universal emerge mais claramente”.
Mundo pós-coronavírus terá que ser diferente
Por esta razão, o secretário geral da Conferência episcopal ressalta que “o mundo pós-coronavírus terá que ser diferente. Parte do que a pandemia nos impôs, como menos emissões de gases de efeito estufa, terá que se tornar uma escolha obrigatória”, porque “nos foi dito para parar e pensar”.
Neste sentido, a fraternidade universal, invocada pelo Papa Francisco na encíclica “Fratelli tutti”, é “a chave para combater o infortúnio e evitá-lo”.
A esperança para o Ano Novo
O religioso missionário faz também uma advertência ao governo a fim de que, neste período tão crítico, não ceda a “jogos políticos pretensiosos”, estipulando “alianças ocasionais e precárias” apenas por ambição: tal atitude, de fato, soa como “um insulto às dificuldades que as pessoas enfrentam e aos sacrifícios diários de funcionários públicos honestos, sobretudo nos campos da educação e da saúde”.
A esperança para o Ano Novo, conclui padre Licini, é que ele possa “pôr um fim ao nosso sofrimento e renovar em todos um senso de unidade e serviço”.
Pope – IP/RL
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