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Manifesta??o contra a aprova??o do aborto na Argentina Manifesta??o contra a aprova??o do aborto na Argentina 

Argentina: esperada para hoje vota??o sobre aborto no Senado

O arcebispo de Buenos Aires condena a "obsess?o febril" e a "urg¨ºncia incompreens¨ªvel" dos pol¨ªticos que, precisamente nestes tempos, decidiram legislar sobre o aborto, como se isso "tivesse a ver com sofrimentos, medos e preocupa??es¡± da popula??o. Pelo contr¨¢rio, o que se deveria fazer, ¨¦ "proteger os direitos humanos dos mais fracos, de modo tal que n?o sejam negados, mesmo que ainda n?o tenham nascido".

Isabella Piro ¨C Pope

Está prevista para hoje, 29 de dezembro, na Argentina, a votação no Senado do projeto de lei que legaliza o aborto, proposta que já recebeu luz verde na Câmara. Em vista da votação, na segunda-feira 28, festa dos Santos Inocentes, o arcebispo de Buenos Aires, cardeal Mario Aurelio Poli, presidiu uma Missa na Catedral Metropolitana na qual invocou a necessidade de proteger os nascituros, "almas inocentes que aguardam participe da festa da vida¡±.

¡°A grande provação da pandemia atravessada por toda família humana e que na Argentina tem consequências ainda muito dolorosas - acrescentou o purpurado - faz-nos refletir sobre a dignidade de cada vida, sobre o valor de cada ser humano¡±, seja ele ¡°idoso, com deficiência, doente ou ainda não nascido".

 

Neste sentido, a condenação do arcebispo à "obsessão febril" e à "urgência incompreensível" dos políticos que, precisamente nestes tempos, decidiram legislar sobre o aborto, como se isso "tivesse a ver com sofrimentos, medos e preocupações¡± da população. Pelo contrário, o que se deve fazer - reiterou o cardeal - é "proteger os direitos humanos dos mais fracos, de modo tal que não sejam negados, mesmo que ainda não tenham nascido".

O cardeal Poli também chamou a atenção para as numerosas deficiências existentes no contexto nacional atual: ¡°Há muitos problemas sociais e de saúde a serem resolvidos - disse - que requerem toda a nossa atenção: problemas de serviços hospitalares, pacientes sem cuidados médicos adequados, mulheres que sofrem violência ou que não têm um trabalho digno¡±. No entanto, ¡°o que se oferece neste momento difícil e incerto - observou o arcebispo - é o aborto e este é um duro golpe para a esperança¡±. Uma gestante vulnerável, de fato, ¡°não precisa do aborto, mas sim de ajuda, de mãos e braços abertos em solidariedade¡±, para que mãe e filho possam ser salvos.

O cardeal argentino recordou a seguir que, segundo a Constituição, o Congresso tem a tarefa de "estabelecer normas específicas e completas para proteger a criança em dificuldade e sua mãe", desde a gravidez. Ambos, de fato, "enquanto indivíduos", têm direito "ao pleno gozo e ao exercício dos direitos reconhecidos pela Constituição e pelos tratados internacionais", os quais obrigam a Argentina a "proteger a vida do ser humano desde sua concepção."

Se, no entanto, entrarem em vigor leis contrárias a esses direitos - advertiu o cardeal Poli - "a Constituição será letra morta, a critério de interesses alheios ao povo cuja maioria, porém, está sempre empenhada em cuidar da vida", em todas as fases.

¡°As crianças, todas as crianças, são a nossa maior riqueza¡±, sublinhou o arcebispo de Buenos Aires, exortando finalmente os argentinos a ¡°escolher a vida e a fraternidade, acima de tudo¡±. ¡°Caminhemos na esperança. Que possam os Santos Inocentes Mártires cuidar de todos os nascituros¡±.

Pope Service - IP

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29 dezembro 2020, 10:21