Economia de Francisco: oportunidade para exercer o poder da caridade
Bianca Fraccalvieri – Pope
Um “pacto” para mudar a economia atual e atribuir uma alma à economia de amanhã: com este intuito tem início hoje a “Economia de Francisco”.
Convocado pelo Pontífice em maio de 2019, o evento teve que ser reprogramado e remoldado com o advento da pandemia. Mas os meses de espera fizeram aumentar a expectativa para este encontro, que será virtual.
A abertura está marcada para esta tarde com uma mensagem em vídeo preparada pela juventude integrante do Movimento ATD Quarto Mundo sobre “Ouvir o grito dos mais pobres para transformar a terra”. Na sequência, haverá o discurso do prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, Card. Peter Turkson.
A programação prossegue com uma conexão com o Santuário do Despojamento, em Assis, para um momento de espiritualidade e as conferências dos jovens economistas e empresários em diálogo com oradores internacionais.
Recife
Do Brasil, estarão conectados jovens de norte a sul do país, como é o caso de Maria Clara Magalhães, de Recife. Aos 24 anos, é formada em Engenharia elétrica (UFCG) e tem formação de Design de Futuros pelo Institute For The Future.
“Participar do Economy of Francesco está expandindo ainda mais meu horizonte empresarial, sendo possível aplicar à realidade brasileira e construir um futuro melhor, além de todos os muros e preconceitos aqui existentes. É uma realização ter a oportunidade de ressignificar muitas coisas para os jovens da minha geração, é muito importante. Minha expectativa é fazer o meu melhor sempre para promover um novo espaço de diálogo onde os seres humanos sejam colocados no centro e as ações sejam postas em prática o mais rápido possível. Além disso, quero sempre incentivar e inspirar novos jovens a fazerem pequenas revoluções diárias, buscando diminuir as desigualdades.”
Rio de Janeiro
Do Rio de Janeiro a contribuição vem de Henrique Sengès Coutinho Marques, pós-graduado em Comércio Exterior pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Bacharel em Administração pela mesma Universidade. É gestor de Inovação Social no Santuário Cristo Redentor.
“A pandemia acabou contribuindo para um pensamento mais maduro das propostas da Economia de Francisco através das 12 vilas temáticas, que tiveram mais tempo para discutir: foram centenas, milhares de horas de conversas, de reflexões acerca dos mais diferentes temas abordados, de modo que algumas propostas bem mais concretas pudessem ser mais elaboradas. Eu acredito que é justamente nos grandes desafios que se encontram as maiores oportunidades e esta aí uma oportunidade de exercemos o poder da caridade, do cuidado e da doação ao próximo.”
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