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Bispos italianos: 10 milhões de euros em projetos em favor de países pobres

Entre os projetos aprovados pelos bispos italianos para a América Latina, alguns têm o objetivo promover a paz social: na Colômbia, a “Comunidade Serviço, Compromisso e Voluntariado” (CISV), de Turim, utilizará os fundos disponíveis para fomentar a reconciliação, em um contexto atormentado por décadas de guerra, sobretudo nas comunidades de Florência, Popayan e Mocoa. O projeto prevê a construção de 12 escolas para a educação não violenta das crianças

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A Conferência Episcopal Italiana (CEI) acaba de alocar mais de 10 milhões de euros para a realização de 59 projetos em países em desenvolvimento, em favor da África, América Latina, Ásia e Oriente Médio: foi o que decidiram os bispos da Itália durante uma reunião da “Comissão para as Intervenções caritativas em favor do Terceiro Mundo”, realizada recentemente em Roma.

Educação e saúde no Continente africano

Entre os projetos mais significativos estão os concernentes à educação no Continente africano, sobretudo em Burkina Faso, onde, em Koudougou, os Irmãos da Sagrada Família de Belley construirão, em seu próprio terreno, com a contribuição do governo africano, uma escola de 12 salas de aula, com grande cisterna e serviços higiênicos para as crianças.

Por outro lado, a pedido da população e do arcebispo de Toamasina, cardeal Désiré Tsarahazana, as Irmãs de Maria Reparadora darão continuidade, em Madagascar, às atividades educacionais, na atual escola materna e primária, aberta a todos, sobretudo aos mais necessitados.

A Fundação marista para a solidariedade internacional onlus (Fmsi) vai construir, em Moçambique, junto à área escolar da Escola Marista de Mahiça, na Diocese de Maputo, um novo edifício para acolher cerca de 120 crianças.

As Irmãs Missionárias de Nossa Senhora dos Apóstolos estão comprometidas com a construção de um novo pavilhão do hospital Nossa Senhora dos Apóstolos, em N’Djamena, no Chade. As novas instalações serão dedicadas aos setores de cirurgia, neonatologia e oftalmologia; serão ampliadas as alas de maternidade e de recepção, para oferecer atendimento de qualidade gratuito ou com um custo muito baixo.

Projetos para a América Latina: Colômbia, Venezuela e Bolívia

Entre os projetos aprovados pelos bispos italianos para a América Latina, alguns têm o objetivo promover a paz social: na Colômbia, a “Comunidade Serviço, Compromisso e Voluntariado” (CISV), de Turim, utilizará os fundos disponíveis para fomentar a reconciliação, em um contexto atormentado por décadas de guerra, sobretudo nas comunidades de Florência, Popayan e Mocoa. O projeto prevê a construção de 12 escolas – em colaboração com os grupos de “Famílias pela Paz” - para a educação não violenta das crianças, mediante o diálogo com órgãos governamentais, em diferentes níveis.

Por sua vez, os Padres Jesuítas, junto com a Conferência Episcopal da Venezuela, vão desenvolver um programa que visa envolver cerca de mil jovens universitários, entre 17 e 25 anos, em um percurso educacional de conscientização para enfrentar as emergências humanitárias, fortemente presentes no país. Por isso, serão criadas 30 oficinas de capacitação, em 6 universidades do Estado.

Será dedicado às mulheres indigentes de Sucre, na Bolívia, o projeto – em colaboração com as paróquias e representantes locais da ONG Lombarda “Associação de Solidariedade aos Países Emergentes” (ASPEM) – a fim de dar-lhes a oportunidade de ganhar com o trabalho da apicultura: processo e comercialização da produção do mel.

Continente asiático

A CEI, em colaboração com a Caritas da Eparquia indiana de Kalyan – pertencente à Igreja Católica Siro-Malabar –, pretende também ajudar as crianças menos favorecidas da região asiática, proporcionando-lhes, em uma região desprovida de escolas, instrução a órfãos e menores vulneráveis.

Enfim, na Diocese de Bac Ninh, no Vietnã, a “Missão SOS” vai construir um centro de reabilitação e educação de menores portadores de deficiência, e se dedicará também à formação dos agentes no campo da saúde, envolvendo as famílias das crianças.

(L’Osservatore Romano)

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03 novembro 2020, 12:29