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O pr¨ªncipe jordaniano Hassan Bin Talal em visita ao Papa Francisco em 03 de outubro de 2019 O pr¨ªncipe jordaniano Hassan Bin Talal em visita ao Papa Francisco em 03 de outubro de 2019

Pr¨ªncipe da Jord?nia: "Fratelli tutti" indica caminho justo tamb¨¦m para o Oriente M¨¦dio

O influente membro da casa real Hachemita, tio do rei Abdullah II da Jord?nia, ressalta que o Papa chama todos na Enc¨ªclica a reconhecer que ¡°Deus criou todas as pessoas e as fez iguais em direitos, deveres e dignidade humana¡±. O pr¨ªncipe jordaniano ressalta que o apelo ¨¤ fraternidade contido no documento papal n?o se reduz a uma vaga ret¨®rica sentimentalista, mas indica caminhos de fact¨ªvel partilha no apoio aos pobres, aos doentes e ¨¤s pessoas com defici¨ºncias

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Em nosso tempo, sobretudo no Oriente Médio, berço das três religiões abraâmicas, há a necessidade de uma nova ¡°Carta Social¡± que dê apoio àqueles que são vulneráveis e indique a todos o caminho para a solidariedade universal. ¡°¡±, a Encíclica assinada pelo Papa Francisco em 3 de outubro em Assis, diante do túmulo de São Francisco, coloca-se no nível desta urgência vital para os povos do Oriente Médio e para todo o gênero humano, reconhecendo a fraternidade que une todos os homens criados pelo único Deus, e indicando este reconhecimento como a base para novas relações sociais.

É o que escreve o príncipe jordaniano Hassan Bin Talal, num longo comentário sobre a última Encíclica papal publicado no Arab, jornal em árabe publicado em Londres. O influente membro da casa real Hachemita, tio do rei Abdullah II da Jordânia, sempre esteve envolvido no diálogo islâmico-cristão, também como presidente do Instituto Real de Estudos Inter-religiosos em Amã.

Em seu ensaio, Hassan Bin Talal lembra que ¡°Fratelli tutti¡± nasceu na esteira do documento sobre a ¡°¡± assinado em Abu Dhabi em 2018 pelo próprio Papa Francisco e pelo Grão Imame de Al Azhar xeque Ahmed Al-Tayyeb.

Apelo à fraternidade não é retórica sentimentalista

No novo documento ¨C aponta o príncipe jordaniano ¨C, o Papa chama todos a reconhecer que ¡°Deus criou todas as pessoas e as fez iguais em direitos, deveres e dignidade humana¡±.

O vínculo de fraternidade que une todos os homens é o antídoto real para toda forma de agressão e para todo desejo de opressão contra aqueles que pertencem a outros grupos sociais ou religiosos. A este respeito, Hassan Bin Talal menciona o encontro entre São Francisco e o Sultão Malik al Kamil em 1219 na cidade egípcia de Damietta.

O príncipe jordaniano ressalta que o apelo à fraternidade contido na Encíclica papal não se reduz a uma vaga retórica sentimentalista, mas indica caminhos de factível partilha no apoio aos pobres, aos doentes e às pessoas com deficiências.

Todos nascidos com a mesma dignidade

¡°O mundo foi criado para todos¡±, escreve o príncipe, ¡°e todos nós, seres humanos, nascemos nesta terra com a mesma dignidade¡±. Hassan Bin Talal acrescenta que o mesmo desejo de viver em paz e harmonia com todos os homens é expresso em muitos ¡°Hadith¡± do Profeta Maomé, como aquele em que se diz que ¡°o crente é o espelho do crente¡±.

Esta aspiração ¨C frisa o príncipe jordaniano ¨C abraça as diferenças, e não pretende aplaná-las numa uniformidade indistinta: ¡°Fomos todos criados a partir de Adão, e recebemos apelos a nos aceitarmos mutuamente como irmãos, como uma campanha de mensagens celestiais que exigem respeito pelo indivíduo e colocam esse respeito como base para as relações sociais¡±.

¡°Um dato de realidade que se tornou ainda mais evidente pela pandemia da Covid-19, que 'varreu o mundo inteiro, nações fortes e nações frágeis, mostrando acima de qualquer dúvida que somente a fraternidade humana e a amizade social podem representar uma base sólida para enfrentar as ameaças que insidiam todo o gênero humano'.¡±

(Fides)

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13 outubro 2020, 14:49