Intolerância religiosa leva cristão à morte no ʲܾã
"É uma notícia muito triste e trágica. Antes de tudo, pedimos justiça para Nadeem Joseph e sua família. Todos têm o direito de adquirir propriedades no Paquistão. Este incidente é uma clara violação dos direitos humanos, é um ato contra a lei e não pode ficar impune”, declarou à Agência Fides o ativista cristão dos direitos humanos Sabir Michael, ao comentar os episódios envolvendo Nadeem Joseph, um cristão agredido por ter adquirido uma casa em uma área de maioria muçulmana em Peshawar. “Deve-se notar com preocupação – acrescentou ele - que episódios semelhantes de ataques às comunidades mais vulneráveis estão crescendo: o governo deve levar a sério.""
O cristão paquistanês morreu no dia 29 de junho, após ter passado por cinco cirurgias devido aos ferimentos a bala recebidos em 4 de junho, após ser alvejado por muçulmanos que consideravam os cristãos "indesejados" na região onde ele havia comprado um imóvel.
Khalid Shahzad, outro ativista em contato contínuo com a família de Nadeem Joseph, disse que “é uma história muito triste e alarmante para toda a comunidade cristã; agora é preciso que os culpados sejam processados por homicídio. A família de Nadeem está sofrendo e vive aterrorizada após esse ataque, ao mesmo tempo que agradece a todos que ofereceram ajuda e assistência tanto no hospital quanto nas questões legais”.
Já o cristão Samson Salamat, presidente da organização da sociedade civil "Rwadari Tehreek Pakistan" ("Movimento pela tolerância no Paquistão"), comprometida com a paz, o pluralismo e a harmonia inter-religiosa, afirmou que "este ataque em Nadeem Joseph é a pior forma existente de discriminação e perseguição de minorias religiosas no Paquistão. Brota espontaneamente uma pergunta: quem será capaz de proteger e salvar a vida de seres humanos pertencentes às minorias religiosas no Paquistão?"
Nadeem Joseph havia comprado uma casa em uma área da maioria muçulmana em Peshawar. Seus vizinhos muçulmanos começaram a expressar sua discordância e mal-estar pela presença de uma família cristã morando na mesma rua, considerando-a indigna e indesejada.
Primeiro ameaçaram a família de Nadeem, intimando que deixassem sua casa dentro de 24 horas. Antes da chegada dos agentes chamados por Nadeem, começaram a bater nele e depois abriram fogo contra ele e sua família, fugindo com a chegada da polícia.
(AG-PA / Agência Fides)
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