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Bispo italiano morre aos 66 anos na DZí, vítima da Covid-19

Dom Eugenio Scarpellini, um missionário que dedicou a vida aos pobres e à luta pela justiça. A DZí está em luto, a América Latina reconhece o seu testemunho a serviço da Igreja e das populações mais necessitadas, e as Nações Unidas manifestam pesar pelo falecimento do bispo, vítima das complicações do coronavírus, que deixa um legado “de inspiração para a paz e a reconciliação na DZí”. Nesta quinta-feira (16), na Catedral Metropolitana de La Paz com transmissão pelas redes sociais devido às restrições da Covid-19, a comunidade se une em oração pelo eterno descanso do seu pastor e, no aniversário de 211 anos da capital, na Solenidade de Nossa Senhora do Carmo, também reza pela população que sofre pelas ameaças da pandemia.

Andressa Collet - Pope

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“Perdemos um irmão fisicamente, mas seu espírito vai nos acompanhar sempre – esse espírito de luta e trabalho, sobretudo, de um convencimento inquebrantável em relação à dinâmica da missão. Ele estava convencido de que a Igreja tinha que viver a sua dimensão missionária.”

Assim, através de um , o arcebispo de Sucre e presidente da Conferência Episcopal da Bolívia, dom Ricardo Centellas, recorda o testemunho em vida de dom Eugenio Scarpellini (1954-2020).

A própria sede local das Nações Unidas na Bolívia lamentou o falecimento do bispo italiano, “que liderou os esforços de diálogo para a pacificação do país”: que seu legado “seja fonte de inspiração para a paz e a reconciliação na Bolívia”, manifestou a organização em comunicado público.

faleceu nesta quarta-feira (15), aos 66 anos, vítima complicações causadas pelo coronavírus. Ele estava internado no Hospital Sagrado Coração de El Alto, cidade onde exercia o seu ministério, a 20 Km da capital La Paz. Na sua última homilia, de 12 de julho, pediu aos fiéis para serem discípulos missionários de Jesus no mundo de hoje e acrescentou: “escutar e meditar no silêncio do coração as palavras do Senhor, ser fiel a Ele no caminho da conversão, ser firme nas adversidades e, assim, dar frutos abundantes”.

O testemunho missionário de vida

Natural de Verdellino, diocese de Bérgamo, na Itália, tinha 66 anos e era missionário na Bolívia desde 1988. Ele também foi diretor das Pontifícias Obras Missionárias em nível nacional e pela América Latina, além de ter ocupado o cargo de secretário-geral da Conferência Episcopal do país. Em 2010, Bento XVI o nomeou bispo auxiliar de El Alto e, em 2013, veio a nomeação pelo Papa Francisco como bispo da mesma diocese.

No final de 2019, dom Eugenio tinha feito a mediação durante a crise emersa após a demissão do ex-presidente Evo Morales. Justamente nos últimos meses, o bispo italiano tinha se manifestado por várias vezes à imprensa local sobre o avanço da pandemia em Bérgamo: "Estou em contato com amigos e parentes para entender quais são as medidas para evitar o contágio, pois é uma situação muito preocupante".

As homenagens a dom Eugenio

Nesta quinta-feira (16) pela manhã, na e com transmissão pelas redes sociais devido às restrições impostas pela Covid-19, a comunidade católica da Bolívia se une em oração pelo eterno descanso do seu pastor e, no aniversário de 211 anos da capital, na Solenidade de Nossa Senhora do Carmo, também reza pela população que sofre pelas ameaças da pandemia. O país já tem mais de 50 mil pessoas testadas positivas ao coronavírus e quase 2 mil morreram vítimas da doença.

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16 julho 2020, 11:35