Papua Nova Guiné. Núncio: nossos leigos, santos e enviados ao serviço
Pope
“É nossa máxima responsabilidade dar uma formação adequada aos leigos e colocá-los em condições de exercer seu papel especial na vida e na missão da Igreja em Papua Nova Guiné e Ilhas Salomão.”
Foi o que disse o núncio apostólico, dom Kurian Matthew Vayalunkal, dirigindo-se aos bispos por ocasião da 61ª Assembleia Geral Anual da Conferência Episcopal de Papua Nova Guiné e Ilhas Salomão, na Oceania.
Valorização e formação dos leigos
“Embora haja tantos desafios a serem enfrentados, somos abençoados com tantos fiéis devotos que vivem diariamente sua fé em situações difíceis, e devemos concentrar-nos e investir mais neles”, continuou o núncio, exortando os bispos a refletir sobre o compromisso deles em relação aos leigos.
“Como bispos, estendemos as mãos para tocar os corações dos abandonados, marginalizados, ignorados e excluídos, na tentativa de elevar essas pessoas e restabelecer a dignidade delas e seu legítimo lugar na sociedade”, prosseguiu dom Vayalunkal, encorajando os líderes da Igreja a “irem em busca daquele que desapareceu, do último e do marginalizado.”
Buscar o rosto misericordioso de Cristo
“A coragem daqueles que no Evangelho se aproximam de Jesus é uma grande lição para todos. Também nós devemos aprender a acorrer a Ele, para buscar seu rosto misericordioso. Jesus sentiu piedade e estendeu a mão para ajudar”, disse, recordando as palavras do leproso que no Evangelho de Mateus se aproxima de Jesus dizendo-lhe “Senhor, se queres, podes salvar-me”.
Dirigindo-se aos bispos, o núncio apostólico agradeceu-lhes pela colaboração em meio a tantos desafios, falou do papel importante que os leigos têm na formação e nas obras da Igreja e exortou os leigos a implementar seus planos pastorais diocesanos.
Decálogo dos bispos apresentado por Francisco
Em seguida, auspiciou o apoio recíproco, a assistência e a colegialidade entre os bispos, o cuidado com os sacerdotes que vivem isolados em lugares remotos e cuidam do povo de Deus em mais de uma paróquia. Falando da “promoção vocacional”, evidenciou a necessidade de cuidar das famílias que são fundamento das vocações.
Dom Vayalunkal concluiu seu pronunciamento agradecendo ao Senhor por ter protegido Papua Nova Guiné e as Ilhas Salomão do desastre da pandemia e partilhou o “Decálogo” que em 13 de junho de 2019 o Papa Francisco apresentou a todos os Representantes pontifícios.
O Bispo, homem de reconciliação, de oração e de humildade
“O bispo deve ser um homem de Igreja e um homem de Deus, um homem de zelo apostólico e homem de reconciliação, um homem do Papa e um homem de iniciativa, um homem de obediência e uma pessoa de oração, um homem de caridade e um homem de humildade.”
Realizada em Waigani e centralizada no tema “Nossos leigos católicos: santos e enviados ao serviço”, a assembleia dos bispos teve início em 23 de junho e se conclui na sexta-feira, 3 de julho.
Pandemia impediu participação dos bispos das Ilhas Salomão
Para a ocasião encontram-se reunidos 17 bispos das dioceses católicas em todo o país, o administrador delegado, padre Ryzard Wadja, SDV, e o secretário geral da Conferência episcopal de Papua Nova Guiné e Ilhas Salomão, padre Giorgio Licini, PIME.
Os bispos das Ilhas Salomão não puderam participar por causa das restrições impostas sobre as viagens devido à emergência coronavírus. A Assembleia estava prevista para o mês de abril, mas foi adiada por causa das medidas de bloqueio aprovadas pelo governo para conter a epidemia da Covid-19 no país.
(Fides)
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