Pastor e esposa grávida assassinados na é
Pope
Um pastor da Igreja Cristã Reformada na Nigéria foi morto com sua esposa na semana passada. Emmanuel Saba Bileya e sua esposa Julianna, grávida de seu nono filho, foram assassinados em 1º de junho por um grupo de homens armados enquanto estavam em sua fazenda em Taraba, no nordeste do país. A Agência de notícias Recowacerao informa que o casal foi sepultado em Donga.
Para a Fundação cristã Hausa, trat-se de "uma guerra direta e sistemática contra o cristianismo na Nigéria", tanto que "pastores, líderes cristãos e seminaristas são sequestrados ou mortos toda semana" no país.
Em uma declaração ao jornal local This Day, o governador de Taraba, Darius Ishaku, definiu os assassinatos como "selvagens e desumanos", acrescentando que "mortes dessa natureza passaram a se verificar com muita frequência recentemente em comunidades ao sul de Taraba".
O assassinato do pastor Bileya e sua esposa é o último episódio de uma onda de violência contra os cristãos nas regiões central e nordeste do país, patrocinada pelo grupo terrorista Boko Haram, pelos pastores nômades Fulani e pelo grupo terrorista do Estado Islâmico da África Ocidental.
De acordo com um relatório publicado em 15 de maio pela Sociedade Internacional para as Liberdades Civis e o Estado de Direito, mais de 600 cristãos foram mortos desde o início do ano.
Segundo o relatório, "as atrocidades contra os cristãos saíram do controle", enquanto as forças de segurança e os atores políticos do país "desviam o olhar ou são coniventes com os jihadistas".
Em janeiro, quatro seminaristas católicos foram sequestrados no Seminário Bom Pastor em Kaduna, e um deles, Michael Nnadi, foi assassinado.
Em 1º de março, depois de celebrar a Missa dominical, o padre David Echioda foi sequestrado e libertado alguns dias depois.
E enquanto o número de cristãos mortos continua a aumentar, os políticos locais acusam o governo de inércia.
Papa Francisco
No acreditado junto à Santa Sé, em 9 de janeiro de 2020, o Papa Francisco assim falou:
Estendendo o olhar para outras partes do continente, dói constatar como continuam – particularmente no Burkina Faso, Mali, Níger e Nigéria – episódios de violência contra pessoas inocentes, entre as quais muitos cristãos perseguidos e mortos pela sua fidelidade ao Evangelho. Exorto a Comunidade Internacional a apoiar os esforços que estes países estão a fazer na luta para derrotar o flagelo do terrorismo, que está a cobrir de sangue partes cada vez mais extensas da África, bem como outras regiões do mundo. À luz destes acontecimentos, é necessário que se implementem estratégias que incluam intervenções não só no campo da segurança, mas também na redução da pobreza, na melhoria do sistema de saúde, no desenvolvimento e na assistência humanitária, na promoção da boa governança e dos direitos civis. Tais são os pilares dum real desenvolvimento social.
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