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Amor ao Evangelho cura o racismo: urge curar o cora??o do homem

¡°Diante de um drama dessa natureza, que durante s¨¦culos tem minado a coes?o da nossa humanidade, n?o temos mais o direito de permanecer em sil¨ºncio. N?o podemos mais e n?o devemos continuar suportando esse mundo de viol¨ºncia, racismo e ¨®dio em todos os n¨ªveis¡±, escreve o te¨®logo Zagore. ¡°Enchamos o cora??o dos homens com o amor do Evangelho e o mal do ¨®dio e do racismo desaparecer¨¢ por si mesmo¡±, exorta o religioso mission¨¢rio

Pope

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¡°Somente o amor pelo Evangelho pode curar a doença do racismo. O desafio hoje é trabalhar para construir uma civilização do amor. Para realizar um projeto dessa natureza será obviamente necessário curar, com a força da mensagem evangélica, o coração do homem ferido e desfigurado pelo poder do mal.¡± É ¡°a essência da missão, operada pelo Espírito Santo, de libertar o homem, o prisioneiro e o escravo do mal, de modo que a força e a luz redentora do amor do Evangelho possam triunfar.¡±

É o que escreve à Fides ¨C agência missionária da Congregação para a Evangelização dos Povos ¨C o teólogo marfinense da Sociedade para as Missões Africanas, padre Donald Zagore, à luz dos graves episódios de violência que estão se verificando nos EUA após o assassinato, em Minneapolis, de um afro-americano por mão da polícia.


¡°Na África há milhões de pessoas cujas vidas são sacrificadas dia e noite por causa das políticas imperialistas e neocolonialistas construídas sobre o desprezo pela dignidade da vida dos povos africanos¡±, continua padre Zagore.

Consternação da Alta Comissária Onu para direitos humanos

Enquanto os protestos prosseguem nos EUA, a Alta Comissária da Onu para os direitos humanos Michelle Bachelet se diz ¡°consternada por ter que acrescentar o nome de George Floyd ao de tantos outros afro-americanos desarmados que morreram ao longo dos anos por mão da polícia e membros armados da população¡±.

Não temos mais o direito de permanecer em silêncio

¡°Diante de um drama dessa natureza, que durante séculos tem minado a coesão da nossa humanidade, não temos mais o direito de permanecer em silêncio. Não podemos mais e não devemos continuar suportando esse mundo de violência, racismo e ódio em todos os níveis¡±, escreve ainda o missionário.

O presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa FakiMahamat dirigiu um apelo às autoridades estadunidenses a fim de que ¡°aumentem os esforços para acabar com todo e qualquer ato discriminatório de cunho racial ou étnico¡±.

União Africana: rejeição a atos de discriminação racial

Na nota da União Africana se recorda a Resolução contra as discriminações raciais nos EUA, assinada no Cairo (Egito) em 1964, durante o primeiro encontro de cúpula dos chefes de Estado e de governo da Organização pela Unidade Africana, organismo precursor da União Africana.

À luz daquele documento, o presidente da Comissão reiterou que a União ¡°reafirma sua rejeição aos contínuos atos de discriminação que atingem os cidadãos negros nos EUA¡±.

¡°Enchamos o coração dos homens com o amor do Evangelho e o mal do ódio e do racismo desaparecerá por si mesmo¡±, exorta, por fim, o teólogo missionário da Sociedade para as Missões Africanas.

(Fides)

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05 junho 2020, 13:52