Terra Santa, as peregrinações depois da pandemia
Federico Piana- Cidade do Vaticano
As peregrinações à Terra Santa depois da pandemia não serão as mesmas. As férreas regras do distanciamento social, as normas para evitar aglomerações e as corretas recomendações para o saneamento dos lugares abertos ao público, estão determinando uma drástica e rápida reorganização da acolhida, nestes dias de quarentena.
O futuro com pequenos grupos
No futuro próximo, as grandes multidões e as celebrações lotadas serão substituídas por pequenos grupos de peregrinos que não poderão se encontrar entre eles. “Precisamos reorganizar de modo totalmente diferente as visitas nos espaços internos dos nossos lugares santos†confirma frei Sergio Galdi D’Aragona, Comissário Geral da Terra Santa. “Temos basílicas, santuários, muito espaçosos nos quais poderemos receber grupos de até 70 pessoasâ€. Ao falar sobre Nazaré, Getsêmani e no Monte Tabor, frei Galdi D’Aragona recorda que até alguns meses atrás eram locais que ficavam literalmente lotados: â€œÉ claro que agora todos nós temos que conceber um estilo de vida diferente também nas viagens, pelo menos até que seja encontrada uma vacinaâ€.
Mudarão também as conexões
Também as conexões entre a Terra Santa e o resto do mundo poderão ser modificadas. Para deslocar pequenos grupos, que necessariamente serão mais numerosos, os voos deverão ser multiplicados, mantendo um alto nível de segurança. Uma dificuldade muito grande e da qual frei Galdi D’Aragona tem consciência a ponto de entender que será preciso alguma persuasão junto às autoridades: “A Terra Santa tem uma vocação universal. Jerusalém é o coração da cristandade além de ser a cidade santa para as outras religiões monoteístas. O olhar de todos os crentes está dirigido à Jerusalém. Portanto, faremos de tudo como religiosos da Custódia da Terra Santa para que todos possam fazer sua ‘peregrinação da vida’â€.
Em 2019 o recorde de peregrinos
A pandemia, inesperada e explosiva, bloqueou completamente a tendência de presenças em contínuo aumento. Em 2019, segundo os dados do Centro de Informações Cristãs, os peregrinos cristãos na Terra Santa foram 630 mil. “Tínhamos – afirma com amargura frei Galdi D’Aragona – reservas até o Natal deste ano, mas o vírus bloqueou tudo. Agora temos nos reinventarâ€.
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