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Na última sexta-feira, 8 de maio, a Conferência Episcopal do Paquistão (PCBC) convidou todos os fiéis a rezar e jejuar pelo fim da pandemia de Covid-19, juntando-se ao jejum dos muçulmanos de todo o mundo no mês do Ramadã.

"Todos os cristãos e pessoas de boa vontade são convidados a observar este dia para pôr um fim ao coronavírus que está causando sofrimento a toda a humanidade", disse na ocasião o presidente da PCBC, arcebispo Joseph Arshad, conforme relatado pela UCA News .

Também Dom Sebastian Shaw, arcebispo de Lahore, durante uma Missa transmitida ao vivo na página do facebook da TV católica, enfatizou como "as orações e o arrependimento podem ajudar" em um momento em que a "medicina ou tecnologia fizeram esquecer de Deus",  em que o “'coronapocalipse' afetou todas as nações", fazendo com que "até mesmo os membros da família sejam vistos com suspeita" e "o medo e a incerteza estão nas casas e fora delas".

O 8 de maio também viu o líder xiita Allama Mushtaq Hussain Jaffery, unir-se ao padre James Channan, coordenador regional da Iniciativa United Religions Initiative Pakistan, para uma oração conjunta na Casa Dominicana em Lahore.

"Queria demonstrar nossa solidariedade aos nossos irmãos cristãos", afirmou Jaffery. "Que Deus nos abençoe a todos pelo jejum conjunto. Essas iniciativas unem as duas comunidades".

No mês passado, o governo permitiu que clérigos muçulmanos rezassem em mesquitas, mantendo uma distância de um metro e meio entre os fiéis. Assim, o Conselho de Todas as Igrejas do Paquistão propôs uma estratégia semelhante para as igrejas.

"Assim como as mesquitas, as igrejas também devem ter permissão para realizar orações em pequenos grupos", disse o padre Channan. "Sendo cidadãos com os mesmos direitos, pedimos uma política comum para todos os locais de culto".

Em 12 de maio, o Paquistão registrava 32.051 casos confirmados de coronavírus e 706 óbitos. (AP)