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A esperança, a virtude menor, mas a mais forte A esperança, a virtude menor, mas a mais forte

Dom Martin: a pandemia, ocasião de reflexão, oportunidade de novo início

Faço votos de que quando falarmos de 2020, apareça o sacrifício de tantas pessoas que se desdobraram pela saúde e a vida dos outros e se fale sobre como o heroísmo e a caridade floresceram em meio a uma crise histórica”, frisa dom Martin. “Aprendemos a colocar em discussão aquilo que antes definíamos prioridades e passamos a apreciar nossos amigos, a família e a Igreja.” “É a oportunidade de um novo início”, afirma o presidente dos bispos irlandeses

Cidade do Vaticano

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“Faço votos de que os filósofos, os sociólogos e os formadores de opinião irlandeses comecem a refletir sobre como as relações sociais mudaram e quais influências tiveram, no bem e no mal, durante a pandemia.”

Foi o que disse durante a homilia da Ascensão do Senhor, cuja solenidade foi celebrada este domingo (24/05), o arcebispo de Armagh e presidente dos bispos irlandeses, dom Eamon Martin, que abriu uma reflexão conclusiva sobre qual sinal deixou, e continua deixando, o momento extraordinário que estamos vivendo.

“Encorajo também nossos teólogos a considerar aquilo que a crise está dizendo sobre a Igreja, sobre nossa identidade e missão, sobre nossa relação com as instituições, e sobre como a oração e a fé podem ajudar a sustentar os fiéis num momento de desespero”, exortou o prelado.

Sínodo dedicado aos jovens, realizado no Vaticano em 2018

Falando sobre o Sínodo dedicado aos jovens, realizado em Roma em 2018, o presidente dos bispos irlandeses quis recordar a iniciativa do Papa Francisco voltada a fazer os jovens e os ancião se encontrarem.

“O Papa nos surpreendeu, mas entendemos que a partilha de histórias entre gerações ajuda a transmitir a fé, sabedoria, esperança e amor.”

Segundo dom Martin, durante este período de restrições faltou a muitos avós “a companhia e o afeto de seus netos. Especialmente os abraços deles!”

2020, um ano difícil também para os jovens

Mas, acrescentou, “foi difícil também para os jovens. Pensemos em todos aqueles que aguardavam 2020 como o ano da formatura, dos exames, da universidade, do trabalho, do noivado ou do matrimônio”.

Para o arcebispo de Armagh, “quando repensaremos este período, contaremos como o mundo parou, o isolamento, os encontros virtuais. Faço votos de que quando falarmos de 2020, apareça o sacrifício de tantas pessoas que se desdobraram pela saúde e a vida dos outros e se fale sobre como o heroísmo e a caridade floresceram em meio a uma crise histórica”.

Crise coronavírus é oportunidade de um novo início

“Aprendemos a colocar em discussão aquilo que antes definíamos prioridades e passamos a apreciar nossos amigos, a família e a Igreja.”

“Estes dias de pandemia estão convidando muitos a refletir mais sobre sua história pessoal e sobre seu caminho de fé. É a oportunidade de um novo início”, concluiu o presidente dos bispos irlandeses.

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25 maio 2020, 11:58