Da crise da Covid-19 renasce uma Áڰ operosa, equânime e estável
Cidade do Vaticano
“A imagem da África de 25 de maio de 2020, em meio a uma crise sanitária global, não é a imagem de uma África doente, contusa, dizimada, mas, assaz sólida e estável que, diferentemente das grandes potências deste mundo, conseguiu contrastar todos os preconceitos e as ideias concebidas em relação a ela.”
É o que escreve à Fides – agência missionária da Congregação para a Evangelização dos Povos – o teólogo marfinense padre Donald Zagore, recordando que desde 25 de maio de 1963, ano da fundação da atual “União Africana”, assinada em Adis-Abeba, na Etiópia, entre os líderes de 30 dos 32 Estados independentes de então do continente, se celebra todos os anos o “Dia da África”.
Africanos assumiram as rédeas de seu destino
“Essa situação positiva é fruto da determinação dos filhos e das filhas, em geral, e da juventude em particular deste continente que assumiram as rédeas de seu destino mostrando engenhosidade, dedicação e, sobretudo, criatividade”, ressalta o sacerdote da Sociedade para as Missões Africanas.
Com a Covid-19 nasceu uma nova África
“A África recorreu sozinha a seus recursos mais profundos para dar respostas concretas a essa situação de crise. Da descoberta de remédios baseados em produtos exclusivamente africanos à produção de máscaras faciais, gel hidroalcoólico, respiradores, serviços de caridade, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, os africanos mostraram maturidade e unidade. Vimos uma África operosa e vencedora. Com a Covid-19 nasceu uma nova África.”
Para a União Africana, o desafio de silenciar as armas
“Se conseguimos uma vez, então poderemos consegui-lo em outros setores, começando pelo compromisso a fazer de modo que os valores democráticos sejam basilares para nossas políticas”, explica padre Zagore.
“A união do continente africano e, em particular, de toda a população deve nascer simplesmente baseada nos princípios democráticos que garantam a todos justiça, equidade, legalidade e integridade”, conclui o teólogo.
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