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Rev. Olav Fykse Tveit, ex-secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas Rev. Olav Fykse Tveit, ex-secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas 

Pastor Tveit: confiar em Deus na atual crise de coronavírus

O rev. Tveit concluiu o seu mandato como secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas e assumiu, partir de quarta-feira (01/04), o cargo de presidente da Igreja Luterana da Noruega.

Cidade do Vaticano

“Este é o momento de dizer que acreditamos em Deus, que Ele é o nosso pastor. Quando somos chamados a enfrentar as crises, devemos nos lembrar que a promessa de Deus é a mesma: “Estarei com vocês até o fim dos tempos.”

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Este é um dos trechos da entrevista do pastor Olav Fykse Tveit, concedida à assessoria de imprensa do Conselho Mundial de Igrejas e à Agência de Notícias Evangélicas. O rev. Tveit concluiu, nesta terça-feira (31/03), o seu mandato como secretário-geral do organismo ecumênico global, assumindo a partir da última quarta-feira (01/04), o cargo de presidente da Igreja Luterana da Noruega.

Na entrevista, o ex-secretário-geral do CMI faz um balanço desses dez anos à frente do organismo, do caminho ecumênico percorrido e dos desafios futuros: do da justiça e da paz num mundo cada vez mais dividido, do uso político da religião e do diálogo com outras confissões religiosas, e do novo desafio da emergência do coronavírus com todas as suas incógnitas para o futuro da humanidade.

Um balanço a seu ver positivo em relação ao futuro do movimento ecumênico e o papel que as igrejas cristãs poderão desempenhar juntas diante dos vários problemas que o mundo enfrenta. “Acredito que houve um retorno aos fundamentos da missão do CMI, de nossa fé e também de nossas necessidades como uma única humanidade. Há mais necessidade do CMI do que pensávamos alguns anos atrás. Vemos uma nova vontade, que vai além de pertencer ao CMI: “Testemunhamos juntos, testemunhamos de maneira crível através de nossas palavras, mas também com o que fazemos juntos”, disse Tveit, enfatizando que o “diálogo inter-religioso, em particular, o diálogo que serve à justiça e à paz, é necessário e será uma prioridade significativa nos próximos anos”.

Na entrevista, o ex-secretário-geral do CMI destaca a importância da fé nesses dias de medo devido ao coronavírus, um medo que diz respeito aos efeitos que a pandemia terá em nossa vida cotidiana, sobretudo, “naqueles que já são menos privilegiados, aqueles que têm menos recursos, menos acesso a água potável, sabão e serviços de saúde e também apoio financeiro”.

“A criação do Senhor e, acima de tudo, o verdadeiro amor de Deus são muito importantes nos dias de hoje em que tememos ver algo que nunca vimos antes”, frisa. Concluindo, ele sublinha a necessidade de confiar ainda mais neste momento de crise na promessa da Salvação de Deus e da Redenção.

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02 abril 2020, 12:36