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Somos como uma única família que vive em um mundo frágil, recorda cardeal Bo

Em sua mensagem de Páscoa, o arcebispo de Yangon diz que com o fim da epidemia, "nada será como antes: a maneira como rezamos, comunicamos, trabalhamos ... tudo será transformado". E faz votos de um "despertar das consciências" e de um "olhar radicalmente novo para a nossa vida".

Pope

Que a pandemia de coronavírus não sufoque a esperança. É o que diz em síntese a Mensagem de Páscoa do cardeal Charles Maung Bo, arcebispo de Yangon, Mianmar.

Como relatado pela agência Eglise d'Asie, o purpurado se dirige aos católicos birmaneses exortando-os a aguardar ansiosamente a Páscoa iminente, mesmo na consciência dos grandes transtornos registrados em todo o mundo devido ao vírus Covi-19.

O atual "período sombrio - escreve o arcebispo de Yangon - precipitou toda a humanidade em um clima de medo e ansiedade" e a esperança parece "sufocada pelo desespero" devido à pandemia. "Milhares de pessoas em todo o mundo - continua a mensagem - foram cruelmente afetadas por um vírus invisível", que se transformou desta vez em uma "Via Crucis para toda a humanidade".

"O Covid-19 coloca à prova a nossa fé -  reitera o cardeal Bo - mas a Igreja Católica é chamada a viver em comunhão - mesmo que neste momento somos forçados ao isolamento" - e "a manter a distância demonstra nossa preocupação com outros, porque queremos interromper a propagação das infecçõesâ€.

Além disso, devido ao fechamento das igrejas - em conformidade com os regulamentos de segurança sanitária, observa o cardeal - é como se os católicos vivessem um longo "Sábado Santo, à espera e na esperança da Ressurreição.

O arcebispo birmanês reitera então, que "nada será como antes: a maneira como rezamos, comunicamos, trabalhamos ... tudo será transformado".

"Somos como uma única família que vive em um mundo frágil", lê-se na mensagem que pede que a quarentena obrigatória não seja transformada em um momento de "angústia", mas em uma ocasião "para criar novas formas de solidariedade" e para fazer compreender, sobretudo para algumas potências mundiais, que "a vida é frágil e que todos temos necessidade um do outro".

Neste sentido, os votos do cardeal para um "despertar das consciências" e de um "olhar radicalmente novo para a nossa vida".

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10 abril 2020, 10:32