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Covid-19 no é澱: bispos alertam para que princípios bioéticos não sejam esquecidos

"É em momentos como o atual, quando há um grave risco para todos, que devemos aprender a anunciar, a partir de nossa fé, que a dignidade e os direitos humanos fundamentais do homem não são intermitentes, nem podem ser revogados. Cada vida humana é preciosa e ninguém deve ser sacrificado por ação ou negligência", escrevem em uma mensagem

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A Conferência Episcopal do México lança um apelo para que não sejam esquecidas as principais considerações da bioética e do respeito à vida durante a atual situação de emergência devido à pandemia do coronavírus.

"Nesta perspectiva, e procurando contribuir para a reflexão em uma sociedade pluralista como a nossa, que q todo custo tem necessidade de reconhecer a igual dignidade de todas as pessoas e evitar ações discriminatórias e desumanas - escrevem os bispos -, recordamos que é uma obrigação moral ter informações suficientes sobre o número de contágios, a fim de prontamente tomar as ações preventivas relevantes. Portanto, como demonstram as experiências de outros países que conseguiram superar esses estágios iniciais da pandemia, é necessário realizar exames de rastreamento, não apenas em pacientes sintomáticos, mas constantemente também em pessoas assintomáticas, que poderiam apresentar boas condições de saúde, mas serem portadores ​​do vírus. Omitir fazer um diagnóstico o mais aprofundado possível da propagação da epidemia não é somente um erro estratégico, mas também um erro moral”.

"Os profissionais de saúde têm pleno direito à proteção necessária para realizar seu trabalho, por si só arriscado, nas condições mais seguras possíveis - continuam os prelados. Não é eticamente justificável pedir que o pessoal de saúde cuide de pessoas infectadas ou potencialmente infectadas sem fornecer a eles todo o material necessário para a própria proteção. Ninguém pode ser obrigado a arriscar a própria saúde e eventualmente a vida sem necessárias proteções. Da mesma forma, a assistência psicológica aos profissionais de saúde é tão importante quanto sua saúde física, motivo pelo qual deve ser oferecida a eles uma ajuda profissional quando dela precisarem".

Quanto à classificação dos pacientes, ela deve ser igual para todos, baseada nas reais possibilidades de sobrevivência e universalmente reconhecidas por todos os profissionais de saúde: “É previsível que no México seja necessário realizar processos de seleção de pacientes para atribuir diferentes tipos de atendimento - acrescentam - esses processos devem ser realizados contemporaneamente, levando em consideração: a urgência do caso, do tipo de necessidade a ser atendida e do fato que os recursos destinados serem o mais vantajosos possível para o paciente. Da mesma forma, os pacientes nunca devem ser abandonados, mesmo quando não há cura: as curas paliativas, como lidar com a dor e o acompanhamento são uma exigência que nunca deve ser esquecida".

Ao mesmo tempo, porém, o excesso terapêutico e a eutanásia devem ser absolutamente eliminados: "É importante evitar qualquer ação que explícita ou secretamente possa levar à eutanásia ou o excesso terapêutico. A este propósito são essenciais decisões prudentes por parte dos médicos e uma compreensão global dos cuidados paliativos.”

Os bispos mexicanos estão convencidos de que "a original exigência moral de amar e respeitar a pessoa como um fim e nunca como um mero meio" é inevitável: "É em momentos como o atual, quando há um grave risco para todos, que devemos aprender a anunciar, a partir de nossa fé, que a dignidade e os direitos humanos fundamentais do homem não são intermitentes, nem podem ser revogados. Cada vida humana é preciosa e ninguém deve ser sacrificado por ação ou negligência".

Os prelados da Conferência Episcopal do México concluem sua reflexão confiando o povo mexicano à proteção da Virgem de Guadalupe: “Mãe do verdadeiro Deus pelo qual vivemos, vela por todos, sobretudo os mais vulneráveis ​​e doentes, nesta pandemia. Que nossa Mãe Celestial possa operar o milagre da solidariedade da qual tanto precisamos em nossa nação e que, ao final deste árduo período de provação e purificação, nós mexicanos, graças à Sua intercessão, possamos nos tornar mais irmãos e nos aproximar mais uns dos outros".

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19 abril 2020, 07:40