Via-Sacra: pelo fim da pandemia, bispo percorre o mesmo caminho sagrado de Santa Rita
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
No dia da Paixão de Jesus Cristo, a Via-Sacra do arcebispo de Spoleto-Norcia, na Itália, Dom Renato Boccardo, será feita por um trajeto que corta as montanhas do interior da cidade de Cássia, em Roccaporena. O percurso, o mesmo que fazia a jovem Santa Rita para rezar, segue até uma grande rocha onde, segundo a tradição, estão impressas as marcas dos joelhos e dos cotovelos por intensa oração da santa.
O local, em cima a uma colina, a mais de 800 metros de altura, era usado como refúgio e oração. A grande rocha foi testemunha também das lágrimas e súplicas de Santa Rita e hoje abriga uma capela, símbolo de espiritualidade para os devotos.
Via-Sacra terá transmissão ao vivo
Dom Boccardo irá pedir a todos, por intercessão da padroeira das causas impossíveis, a coragem de atravessar este difícil momento vivido pela emergência do coronavírus. O prelado fará o percurso, sozinho, na Sexta-feira Santa, a partir das 15h da hora italiana (10h no Horário de Brasília), com transmissão ao vivo pelo Facebook, na página da Obra de Santa Rita.
“Vamos fazer o pedido novamente daqui”, disse o arcebispo, “porque sabemos que nos momentos difíceis da sua vida Rita subiu aqui para pedir ajuda a Deus. Com Rita, também nós vamos repetir a partir desta rocha: na angústia Te invocamos, salva-nos, Senhor”.
Pedidos de oração vêm inclusive do Brasil
Santa Rita de Cássia é considerada uma das santas mais populares, e, atualmente, numerosos são os pedidos de oração que, todos os dias, chegam ao Santuário de Santa Rita de Roccaporena, local onde ela nasceu, a poucos quilômetros da cidade de Cássia. São solicitações feitas por telefone, e-mail (redazione@roccaporena.com) e mensagens, tanto da Itália como de várias partes do mundo. Do Brasil, por exemplo, o pedido veio pelo WhatsApp (+39 338 6867306): “pela saúde da minha família e pelo fim da pandemia”, pediu uma jovem. O santuário também recebeu pedidos provenientes da Argentina, da Eslovênia, da França e dos Estados Unidos.
As intenções de oração dos devotos são colocadas diariamente na missa celebrada a portas fechadas no santuário. São histórias de dor e de sofrimento, fazendo do local uma verdadeira “Clínica do Espírito”, da qual fala um documento da Congregação para o Clero do Vaticano, de 2011.
No site oficial, o , as famílias ainda podem encontrar subsídios para a oração em família. Neste período de emergência do coronavírus, o santuário, em colaboração com a Caritas local, também está oferecendo ajuda para todos que se encontram em dificuldade num gesto prático de caridade.
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