Covid-19: bispos e sacerdotes da Espanha doam parte do salário a quem mais precisa
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
A Comissão Executiva da Conferência Episcopal da Espanha enviou uma carta a todos os bispos e sacerdotes do país no dia da Festa da Divina Misericórdia, no domingo (19), exortando a generosidade econômica diante da pandemia. No texto, o convite para doar uma parte do salário ou destinar uma quantia fixa durante um tempo determinado para ajudar quem mais sofre com a crise que será agravada pela emergência do Covid-19.
Na carta, que explica sobre as consequências sanitárias, sociais e econômicas da crise, os bispos observam que todos vivem “um desafio pastoral que reforça o significado da Igreja doméstica e da criatividade pastoral”. De fato, a comunidade católica tem respondido com generosidade, em especial, através da ação das Caritas paroquiais e diocesanas, da presença da vida consagrada nas casas de idosos e de serviços sociais, além de outras iniciativas das instituições e organizações eclesiais.
Os bispos da Comissão Executiva do episcopado insistem, então, na necessidade de convocar a corresponsabilidade de todos pela conservação da Igreja, pela solidariedade com os pobres e por quem mais vai sofrer com a crise econômica por causa da paralisação das atividades comerciais e de trabalho. “Acreditamos que ir para a praça pública solicitando essa corresponsabilidade e ajuda pede de nós, bispos e presbíteros, um passo a frente de generosidade”, diz a carta.
O apoio às Igrejas locais
O texto também adverte que a economia das dioceses e das paróquias foi afetada pelo fechamento dos templos e pela interrupção das coletas e de outras entradas financeiras. Nesse sentido, os bispos alertam que se prevê, para o futuro, uma diminuição das entradas diárias habituais.
A Comissão Episcopal também lembra que, além da contribuição pessoal, os bispos e sacerdotes podem convocar os fiéis que têm condições a abraçar essa iniciativa, como acontecia com as primeiras comunidades cristãs: “os crentes vendiam posses e bens e repartiam entre todos, segundo a necessidade de cada um”.
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