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2020.04.16 CARITAS INTERNATIONALIS 2020.04.16 CARITAS INTERNATIONALIS 

Caritas Internacional aos governos: ajuda internacional n?o deve parar

"Uma importante li??o deve ser aprendida dessa tr¨¢gica pandemia: o medo da morte desencadeado pelo Covid-19 e tudo o que estamos fazendo para salvar vidas deve nos levar a parar de matar atrav¨¦s da guerra e da viol¨ºncia", ressalta o secret¨¢rio-geral da Caritas Internacional, Aloysius John, num comunicado publicado no site do organismo.

Cidade do Vaticano

¡°A ajuda internacional não deve ser interrompida ou reduzida por causa da pandemia de Covid-19.¡± Esse é o pedido da Caritas Internacional aos governos do mundo, reiterando que ¡°as pessoas mais vulneráveis ??não devem ser esquecidas¡±.

¡°Essa crise está afetando principalmente os países europeus e outros países ocidentais. Mas isso não deve nos fazer perder de vista o sul do mundo, onde os mais vulneráveis ??e indefesos precisam da solidariedade global¡±, declara o secretário-geral do organismo caritativo, Aloysius John, num comunicado publicado no site da Caritas. ¡°Ninguém deve ficar para trás. A ajuda deve ser garantida a todos, sobretudo aos países em desenvolvimento, onde a pandemia pode levar a consequências ainda mais catastróficas do que as vividas no Ocidente, devido a vulnerabilidade das estruturas de saúde e das economias nacionais.¡±

A Caritas Internacional recorda o seu compromisso global e as atividades realizadas pelas 165 seções nacionais que imediatamente entraram em campo para ¡°enfrentar a emergência do coronavírus, conscientizando as populações sobre como impedir a propagação do vírus e fornecendo ajuda direta¡±.

Recorda-se, em particular, que ¡°a Caritas Venezuela intensificou seus esforços em circunstâncias extremamente difíceis e com recursos limitados, fornecendo aos grupos mais vulneráveis e marginalizados kits de higiene e apoio psicossocial e espiritual a distância, tanto para famílias quanto para idosos¡±. Por sua vez, ¡°a Caritas Líbano mobilizou seus recursos e adaptou seus serviços para responder à epidemia, seguindo rigorosas medidas de proteção e prevenção, continuando com o fornecimento de alimentos e cuidados básicos de saúde.

Olhando ainda para o Oriente Médio, a Caritas Internacional ¡°chama a atenção para o impacto grave que as sanções econômicas e restrições impostas pela Comunidade internacional podem ter nos setores de saúde e social¡± da região. De fato, essas medidas ¡°bloqueiam o acesso a fundos, bens e equipamentos médicos que permitiriam prestar assistência médica às pessoas afetadas pela doença e ajudariam a garantir a sobrevivência das populações¡± locais.

Ao mesmo tempo, o organismo caritativo ¡°também pede para não deixar para trás migrantes, refugiados e requerentes de asilo, que correm mais risco de contágio devido às condições de seus movimentos, aos espaços lotados em que vivem e às precárias condições de trabalho¡± onde eles se encontram. Por esse motivo, as autoridades locais são convidadas a garantir a todos ¡°o acesso a serviços básicos, independentemente de seu status jurídico¡±, também de acordo com o apelo lançado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados que exortou os líderes do mundo a ¡°não bloquear o direito de acessar outros países para pedir asilo e a não obrigar as pessoas a voltar a situações de perigo¡±.

Outro ponto importante da declaração da Caritas Internacional diz respeito às ¡°implicações econômicas¡± da pandemia: ¡°Muitos trabalhadores migrantes irregulares perderam seus trabalhos¡±, explica o organismo, ¡°como empregados irregulares que não podem ir ao trabalho, perdendo a principal fonte de apoio financeiro para toda a família¡±. Por isso, a Caritas exorta os governos a ¡°não excluírem nenhum trabalhador das garantias de proteção social e a tomarem medidas para por fim ao trabalho ilegal¡±.

¡°Uma importante lição deve ser aprendida dessa trágica pandemia: o medo da morte desencadeado pelo Covid-19 e tudo o que estamos fazendo para salvar vidas deve nos levar a parar de matar através da guerra e da violência. Esse é um aspecto importante que devemos cultivar porque agora que todos sabem o que significa viver com medo da morte ou a perda de alguém, é o momento de enfrentar e parar as guerras e os conflitos¡±, conclui Aloysius John.

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20 abril 2020, 15:55