Covid-19. Preocupação dos bispos ingleses com os presos e nômades
Cidade do Vaticano
A Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales manifesta grande preocupação por todas as pessoas, em particular as mais vulneráveis , que podem se tornar vítimas da pandemia do “coronavírus”. Todavia, há duas categorias que parecem estar mais em risco: a dos presos e dos nômades. Por isso, os bispos ingleses lançaram um apelo em favor da tutela deles.
Especificamente, o responsável pela Pastoral carcerária, dom Richard Moth, pediu a libertação imediata das detentas grávidas ou que deram à luz recentemente. Já o capelão nacional da Pastoral cigana, padre Dan Mason, pediu solidariedade e cuidados para com a população cigana e os nômades.
Convite da Igreja à solidariedade
“Nossas irmãs e nossos irmãos das comunidades ciganas e nômades encontram-se entre as pessoas mais duramente atingidas pela pandemia”, escreve padre Mason numa nota difundida no site dos bispos católicos ingleses. “A precariedade dos alojamentos e do trabalho torna essas pessoas particularmente vulneráveis. Mas essas comunidades são o coração da nossa Igreja.”
Daí, o chamado da Igreja católica à solidariedade, através de iniciativas das paróquias e das associações de beneficência, bem como o convite ao governo a fim de que “garanta que ninguém seja excluído das ajudas preparadas” neste tempo de pandemia.
Agradecimento ao governo britânico
Ressalta-se que a solicitação de dom Moth a colocar em liberdade as grávidas ou as que deram à luz recentemente, foi acolhida pelo Secretário de Estado para a Justiça, Robert Buckland. O prelado enviou-lhe uma carta de agradecimento, reconhecendo que “não foi uma decisão fácil de ser tomada”, mas que, todavia, era necessária para “aliviar a pressão sobre o sistema carcerário e salvar vidas humanas”.
Desse modo, os bispos católicos da Inglaterra e Gales acolhem as palavras do Papa Francisco na Missa celebrada esta segunda-feira (06/04) na Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, na qual o Santo Padre voltou seu pensamento aos presos e ao grave problema da superlotação dos cárceres, rezando a fim de que os responsáveis encontrem soluções.
Apelo do Papa no Angelus de 29 de março
Já no Angelus de domingo, 29 de março, o Papa tinha lançado um apelo a esse respeito, dizendo: “Neste momento, meu pensamento se dirige de maneira especial a todas as pessoas que sofrem a vulnerabilidade de serem forçadas a viver em grupo: casas de repouso, casernas ... Em particular, gostaria de mencionar as pessoas nas prisões. Li uma nota oficial da Comissão de Direitos Humanos que fala sobre o problema das prisões superlotadas, que poderiam se tornar uma tragédia. Peço às autoridades que sejam sensíveis a esse grave problema e que tomem as medidas necessárias para evitar futuras tragédias”.
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