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Pope

"Embora tenhamos que lavar as mãos regularmente para evitar o vírus, não lavemos as mãos de nossas responsabilidades, especialmente para com os pobres".

O alerta é do bispo de Mthatha, África do Sul, Dom Sithembele Sipuka, primeiro vice-presidente do Simpósio de Conferências Episcopais da África e Madagascar, em uma reflexão sobre a atual realidade marcada pelo coronavírus publicada pela Recowacerao News Agency.

O prelado observa que esta calamidade nos faz entender o quão somos todos vulneráveis e, portanto, chamados a ser solidários.  Dom Sipuka diz temer por aqueles que não têm meios de se sustentar, exortando neste sentido não só aos fiéis, mas a todas as pessoas com possibilidades, de ajudarem os necessitados.

O bispo de Mthatha observa que, se o fato de não poder participar dos ritos da Semana Santa provoca desgosto a muitos fiéis, assim como a muitos sacerdotes por não poderem administrar os Sacramentos, uma forma de amar ao próximo com a emergência do coronavírus, é ao menos manter a distância de segurança.

Aprofundar relação com Deus

Ao mesmo tempo, o prelado sul-africano observa que essa situação, embora dolorosa, é um momento providencial para uma relação mais profunda com Deus.

"Não poder ir à igreja não deveria nos fazer sentir privados de um relacionamento com Deus, porque Deus está sempre conosco. Este período pode ser proficuamente aproveitado para a reflexão, a oração (...), e sobretudo, para compartilhar essa dor global".

E sobre a pergunta que muitos se fazem:"Por que Deus permite isso?" A resposta é breve, diz o prelado: "Não sabemos, mas o que sabemos é que Deus sofre conosco".

"Não percamos a esperança – é a exortação final de Dom Sipuka - porque Deus colabora conosco (...). Desejo a todos uma boa Semana Santa e que a graça da ressurreição de Cristo possa nos fazer derrotar o Covid-19 e seus efeitos".