Um ano do atentado em Christchurch: somos chamados a ser pessoas de paz, pedem bispos neozelandeses
Cidade do Vaticano
Em vista do primeiro aniversário do atentado islamofóbico de Christchurch, em 15 de março de 2019, que matou 50 pessoas e deixou outras tantas feridas, o Comitê Episcopal da Conferência Episcopal da Nova Zelândia escreveu uma carta dirigida às paróquias e às várias comunidades religiosas presentes na Nova Zelândia, ou Aotearoa, nome do país na língua maori.
"Um poderoso chamado para sermos pessoas de paz, para que uma coisa desta natureza nunca mais aconteça" é o desejo expresso pelos bispos, que voltam ao conceito de paz, "belo e fundamental para todas as religiões". "Se permitirmos isso, o chamado à paz atravessa todas as divisões e direciona não somente nossos pensamentos e nossas ações para a não-violência, mas também nossos corações e as orações a Deus", lê-se na carta publicada no site do episcopado.
Os prelados convidam então os fiéis a rezarem pela paz junto com a comunidade muçulmana durante todo este mês de março, para "pedir a Deus que nos ajude a distribuir amor e bondade, de apoiar-nos na partilha dos pesos uns dos outros, de nos dar força e a coragem de lutar contra a opressão e a injustiça”.
Os bispos, depois, dirigem um pensamento às viúvas, órfãos e a todos os que perderam um membro da família ou amigo nos ataques do ano passado.
"O Senhor nos convida a ter coragem e dialogar com aqueles que vivem ao nosso lado, mesmo que sejam diferentes – escrevem os prelados - buscando a oportunidade para compartilhar a alegria e a preocupação, olhando um para o outro não com suspeita, mas com um espírito de abertura e confiança: este é um compromisso que caminha em direção à paz e não ao ódio ”.
A esse respeito, os bispos, ao final da mensagem, recordam o assinado nos Emirados Árabes Unidos pelo Papa Francisco e pelo Grão Imame de al-Azhar, Ahmed Al-Tayyeb: “A fé leva um crente a ver no outro um irmão ou uma irmã a ser apoiado e amado".
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