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Arcebispo de San Salvador e presidente da Confer¨ºncia Episcopal de El Salvador, dom Jos¨¦ Luis Escobar Alas Arcebispo de San Salvador e presidente da Confer¨ºncia Episcopal de El Salvador, dom Jos¨¦ Luis Escobar Alas

El Salvador: Igreja cat¨®lica pede justi?a para v¨ªtimas da guerra civil

Entre 1980 e 1992, a guerrilha enfrentou o ex¨¦rcito salvadorenho num conflito armado no qual morreram ao menos 75 mil pessoas. Para que a lei de reconcilia??o nacional se torne efetiva, deve ser aprovada pelo Presidente, que j¨¢ se pronunciou favor¨¢vel ao veto. ¡°A Presid¨ºncia da Rep¨²blica n?o sancionar¨¢ nenhuma lei que n?o contemple tr¨ºs elementos fundamentais para ser justa e constitucional: verdade, repara??o, justi?a¡±, disse num tu¨ªte o chefe do Estado

Cidade do Vaticano

A Igreja em El Salvador pede justiça para as vítimas da sangrenta guerra civil que nas décadas passadas martirizou o país centro-americano.

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Questão continua dividindo os ânimos no país

Trata-se de um tema que continua dividindo os ânimos mesmo após a Assembleia Legislativa ter aprovado, dias atrás, a controversa lei de reconciliação nacional concernente aos crimes cometidos durante a guerra civil, rejeitada pelos defensores dos direitos humanos e pelo próprio presidente de El Salvador, Nayib Bukele, que declarou a intenção de impor o veto, enquanto lei que não se conformaria com uma sentença da Corte Suprema de Justiça.

Também a Igreja tinha expressamente solicitado uma lei específica de reconciliação nacional capaz de garantir justiça às vítimas do conflito armado que ensanguentou o país nos anos 1980-1992.

Sentimento de preocupação do povo salvadorenho

Num comunicado, o arcebispo de San Salvador e presidente da Conferência episcopal, dom José Luis Escobar Alas, ressaltava o sentimento de preocupação do povo salvadorenho.

¡°Não vemos a vontade da Assembleia Legislativa de conformar-se à sentença da Corte constitucional após ter revogado a lei sobre a anistia. As sentenças da Corte constitucional são definitivas e devem ser respeitadas¡±, disse o arcebispo.

Presidente favorável ao veto

Para que a lei se torne efetiva, deve ser aprovada pelo Presidente Bukele, que já se pronunciou favorável ao veto. ¡°A Presidência da República não sancionará nenhuma lei que não contemple três elementos fundamentais para ser justa e constitucional: verdade, reparação, justiça¡±, escreveu o chefe do Estado em sua conta Tuíter oficial.

Antes da aprovação da lei, o diretor do Instituto de direitos humanos da Universidade Centro-Americana (Idhuca), padre José María Tojeira, auspiciara ¡°uma boa lei porque os filhos e os netos das vítimas continuam pedindo justiça¡±.

Entre 1980 e 1992, a guerrilha enfrentou o exército salvadorenho num conflito armado no qual morreram ao menos 75 mil pessoas.

Lei necessária para fazer justiça às vítimas

O apelo à aprovação de uma lei pela reconciliação nacional, considerada necessária para fazer justiça às vítimas e pacificar a memória do país, foi lançado no momento em que a Igreja local celebrou o reconhecimento do martírio do pároco salvadorenho Rutilio Grande, morto em 1977.

Dom Romero e Pe. Rutilio, sementes fecundas

¡°Rutilio Grande e a figura de dom Oscar Arnulfo Romero (morto em 1980) ¨C ressalta-se numa nota ¨C são sementes de santos e mártires, em nome de Jesus Cristo, que fecundam um povo inteiro.¡±

Em relação a essas duas grandes figuras, daqui a poucos dias os fiéis salvadorenhos viverão de duas grandes solenes celebrações: em 12 de março celebra-se o 43º aniversário do martírio de Pe. Rutilio Grande, enquanto em 24 de março se celebra o 40º aniversário do martírio de São Oscar Arnulfo Romero.

(L¡¯Osservatore Romano)

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05 mar?o 2020, 13:01