蜜桃交友

Cidade do Vaticano

“Pela primeira vez, participamos da missa conectadas com a Catedral de Colônia. Não conforme estamos acostumadas a fazer, junto com as irmãs, em nossa capela. Foi uma dor imensa para nós.”

Este é o testemunho da irmã Dominique Leuenberger, superiora do Convento das religiosas de clausura de Weesen, no cantão suíço de São Galo. Fundado, em 1256, é o mais antigo mosteiro dominicano de religiosas na Suíça.

A superiora preparou tudo no dia anterior para o primeiro evento em streaming na história da comunidade local: uma moldura de madeira coberta com um lençol é o telão onde a missa de Colônia é projetada todas as manhãs. “Sabíamos que chegaríamos a isso”, disse a religiosa, sem esconder a emoção: “Chorei várias vezes, sobretudo depois de receber as indicações do nosso bispo.”

A comunidade já tinha tomado medidas preventivas, tanto que havia renunciado às celebrações eucarísticas no mosteiro para não colocar em risco os sacerdotes que vão celebrar ali.

O coronavírus mudou substancialmente a vida das irmãs: “Há três semanas estamos rezando aos pés do Santíssimo, lembrando principalmente as pessoas afetadas pelo vírus, os médicos, enfermeiros e todos aqueles que estão lutando entre a vida e a morte”, disse a irmã Dominique, ressaltando que sendo religiosas de clausura, elas sempre vivem como se fosse em quarentena e isso ajuda as irmãs a direcionar suas vidas para o Senhor. “É uma escolha nossa”, sublinhou.

A primeira experiência de participar da missa “à distância” no geral foi boa: “Dei a comunhão às irmãs. As hóstias tinham sido consagradas antes. Fiz isso com muito sofrimento, pois acredito que a presença do sacerdote seja fundamental e depois porque para nós a Eucaristia é central”, ressaltou  a superiora.

“O que está acontecendo é terrível, mas pode ser uma oportunidade. As pessoas podem descobrir sua liberdade interior através da restrição. Depois, quando há o desejo de ir a Deus, as paredes das casas não são um obstáculo”, concluiu irmã Dominique.