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Igreja de S?o Paulo: comiss?o para prote??o de menores entra em vigor no domingo

O novo organismo foi apresentado ¨¤ imprensa na quinta-feira (5) pelo arcebispo de S?o Paulo, cardeal Odilo Scherer. A Comiss?o, institu¨ªda em 26 de fevereiro, tem o objetivo de aplicar as recentes diretrizes que constam no Motu Proprio, ¡°Vos estis lux mundi¡±, do Papa Francisco, para a preven??o e o combate aos abusos sexuais contra menores e vulner¨¢veis cometidos por cl¨¦rigos e religiosos.

Andressa Collet ¨C Cidade do Vaticano

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Uma comissão para a proteção de menores e vulneráveis contra abusos sexuais da Arquidiocese de São Paulo vai começar a atuar a partir deste domingo (8). O novo organismo da Igreja do Brasil, instituído em 26 de fevereiro, tem o objetivo de aplicar as recentes diretrizes do Vaticano para a prevenção e o combate aos abusos sexuais contra menores e vulneráveis cometidos por clérigos e religiosos. As  normas constam no Motu Proprio, ¡°Vos estis lux mundi ¨C Vocês são a luz do mundo¡±, um documento legislativo promulgado pelo Papa Francisco em maio de 2019.

Comissão é apresentada em coletiva de imprensa

Na quinta-feira (5), na Cúria Metropolitana, o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, apresentou a criação da Comissão local que, entre várias motivações, pretende ¡°fortalecer a vigilância para que os casos cometidos por clérigos e religiosos sejam eficazmente esclarecidos e superados¡±. O prelado também deu detalhes de como vai funcionar o novo organismo, ao seguir um decreto e regulamento próprios, já publicados e disponíveis no , que estabelecem as competências e os vários aspectos de trabalho.

¡°Essa comissão é um mecanismo para poder apresentar as denúncias, para que isso facilite as pessoas que queiram fazer uma denúncia. Denúncias podem ser feitas de três maneiras: quer de maneira presencial (Rua Xavier de Almeida, 818, Ipiranga ¨C CEP 04211-001), por e-mail (tutela.arquisp@gmail.com) ou então por carta registrada. E, evidentemente, isso disponibiliza para que as pessoas que têm a intenção de fazer a denúncia possam fazer com maior facilidade.¡±

Dom Odilo acrescentou que a Comissão terá o papel de uma ouvidoria, já que vai ¡°acolher as pessoas, ouvir, tentar caracterizar a denúncia e fazer um primeiro discernimento sobre os fatos e situações relatadas. Ela não será um tribunal nem emitirá sentenças. Esse trabalho, se for o caso, será feito pelo Tribunal Eclesiástico, nas suas diversas instâncias¡±. A Comissão será coordenada pelo Pe. Ricardo Cardoso Anacleto, doutor em Direito Canônico, e composta por padres, diáconos, religiosos e leigos, com formação em Filosofia, Teologia, Direito Canônico e Civil, Psicologia e outras áreas de formação.

O arcebispo também recordou, como reporta o jornal da Arquidiocese ¡°O São Paulo¡±, que há muitos anos esses escândalos têm vindo à tona e causam um enorme mal, em primeiro lugar, às vítimas, como também à própria Igreja e à credibilidade da sua pregação:  

¡°Por isso, o Papa Francisco, assim como já fizeram Bento XVI e João Paulo II, está muito empenhado para que esses abusos sexuais sejam superados no âmbito não só do clero, mas da Igreja, de modo geral, também entre fiéis¡±¡±

O empenho da Igreja no Brasil

Pelas novas diretrizes do Motu Proprio, o Papa Francisco determina que, até junho de 2020, todas as dioceses do mundo e instituições equiparadas a elas instituam organismos estáveis e acessíveis, encarregados de prevenir tais abusos e de receber eventuais denúncias a respeito.

Nesse sentido, Dom Odilo esclareceu que cada Igreja local está buscando corresponder a essa disposição pontifícia, segundo suas realidades específicas. No caso da Arquidiocese de São Paulo, foi decidida a criação dessa Comissão para justamente aplicar integralmente o que dispõe o Motu Proprio.  

¡°Sabemos que um grande número de abusos sexuais não acontece no âmbito dos clérigos. Nós, aqui, tentamos assumir as nossas responsabilidades¡±, enfatizou Dom Odilo, reconhecendo que nem sempre é fácil investigar as denúncias, já que nem sempre são fatos comprováveis ou verificáveis, uma vez que acontecem no âmbito da intimidade das pessoas envolvidas. ¡°Porém, existe o esforço para se chegar aos fatos¡±, finalizou o arcebispo de São Paulo.  

Colaboração: , jornal semanal da Arquidiocese de SP

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06 mar?o 2020, 15:04