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"No ventre materno o beb¨º j¨¢ tem sua identidade gen¨¦tica e a lei deve refletir sobre essa realidade",  Cynthia Piper, membro da Comiss?o para a Justi?a Social da Diocese de Hamilton "No ventre materno o beb¨º j¨¢ tem sua identidade gen¨¦tica e a lei deve refletir sobre essa realidade", Cynthia Piper, membro da Comiss?o para a Justi?a Social da Diocese de Hamilton  

Bispos contr¨¢rios ¨¤ descriminaliza??o do aborto na Nova Zel?ndia

A Igreja Cat¨®lica na Nova Zel?ncia ¨¦ contr¨¢ria ao projeto de lei que visa autorizar a interrup??o volunt¨¢ria da gravidez (IVG), mediante solicita??o, com at¨¦ 20 semanas de gesta??o. Os bispos neozelandeses lan?am um alarme pelos nascituros com defici¨ºncias fetais que, com a nova legisla??o, n?o teriam nenhuma prote??o. Al¨¦m disso, n?o somente os crit¨¦rios sugeridos aos profissionais de sa¨²de para avaliar se o aborto ¨¦ apropriado ou n?o s?o "indefinidos e subjetivos".

Cidade do Vaticano

Continua o debate sobre a descriminalização do aborto na Nova Zelândia onde, nos últimos meses, foi apresentado um projeto de lei que visa autorizar a interrupção voluntária da gravidez (IVG) mediante solicitação, com até 20 semanas de gestação. Depois deste período, uma mulher poderá obter IVG se o médico, levando em consideração sua saúde física e mental e bem-estar, "acreditar razoavelmente que o aborto é apropriado nas circunstâncias". Com a legislação vigente, no entanto, após 20 semanas, o IVG é possível apenas em caso de incesto, má-formação do feto ou sérios riscos à saúde mental e física da mulher.

A Igreja Católica, naturalmente, é contrária: em uma nota divulgada no site da Conferência Episcopal local, é expressa a forte preocupação de que os nascituros percam seus direitos. "Cada criança ainda não nascida - afirmam os prelados por meio de Cynthia Piper, membro da Comissão para a Justiça Social da Diocese de Hamilton - tem direito a um lugar na família humana, junto com todos os outros direitos que dela derivam".

"De fato, no ventre materno - continua Piper - o bebê já tem sua identidade genética e a lei deve refletir sobre essa realidade". É "totalmente inaceitável, portanto", que a legislação proposta sobre o aborto "não exija mais nenhuma obrigação legal de considerar os direitos do feto".

E não só: embora a legislação vigente se refira a anomalias fetais para autorizar o aborto em gestações de até 20 semanas, o projeto de lei não menciona isso, abrindo assim o aborto "sob demanda", ou seja, a qualquer momento.

Neste sentido, os prelados da Nova Zelândia lançam um alarme pelos nascituros com deficiências fetais que, com a nova legislação, não teriam nenhuma proteção. Além disso, não somente os critérios sugeridos aos profissionais de saúde para avaliar se o aborto é apropriado ou não são "indefinidos e subjetivos" - enfatiza Piper - mas a nova legislação não torna necessária a obrigação legal de "realizar exames até a 20ª semana de gestação".

Por fim, Cynthia Piper expressa a preocupação da Igreja Católica pelas "pressões sociais, familiares e econômicas que surgem quando uma mulher repentinamente se depara com uma gravidez inesperada": pressões comprovadas e documentadas, com as quais é demonstrado que "se as mulheres recebessem mais apoio, eles não escolheriam abortar".

Mas a nova lei, se aprovada, não irá de fato nessa direção, pelo contrário: terá "efeitos negativos a longo prazo" em todos aqueles que "se sentem pressionados" a interromper a gravidez.

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26 fevereiro 2020, 16:37