Dom Lowe: 'Querida Amazonia', dom para Igreja neozelandesa
Cidade do Vaticano
A ¡°Querida Amazonia¡± é ¡°um dom¡± para a Igreja na Nova Zelândia e uma ocasião para ¡°refletir sobre o que aconteceu em nossa terra buscando novos caminhos para o futuro¡±. É o que escreve o bispo de Hamilton e secretário geral da Conferência Episcopal Neozelandesa (Nzcbc), dom Steve Lowe, numa reflexão sobre a Exortação apostólica pós-sinodal de 12 de fevereiro.
O prelado evidencia que a história da colonização e da evangelização da terra dos Maoris tem muitos pontos em comum com a história da região amazônica: ¡°O que o Papa Francisco escreveu sobre a Amazônia poderia ter sido escrito também sobre Aotearoa-Nova Zelândia da metade do Séc. XIX aos nossos dias¡±.
Evangelização do arquipélago é uma história de inculturação
Como as populações amazônicas, também as do país oceânico assistiram impotentes a destruição, por obra das potências coloniais, de seu ambiente natural do qual extraiam alimento e meios de subsistência.
A própria história da evangelização do arquipélago é uma história de inculturação da fé cristã, da qual foi pioneiro o primeiro bispo católico do país, dom Jean-Baptiste François Pompallier, (1848-1868), que soube ¡°estreitar o fosso entre a espiritualidade Maori e a teologia e espiritualidade católica¡±, conseguindo assim converter muitos indígenas, diz dom Lowe.
Exortação é sonho do Papa de Igreja que está com os pobres
Nesse sentido, a ¡°Querida Amazonia¡± pode tornar-se não somente uma ocasião de solidariedade com as irmãs e os irmãos na Amazônia, mas um estímulo ¡°para refletir sobre o rosto da Igreja em Aotearoa-Nova Zelândia¡±, afirma ainda o secretário geral da Conferência episcopal.
Ela ¡°nos convida a viver o sonho do Papa Francisco de uma Igreja que está com os pobres, que acolhe o patrimônio cultural Maori como um tesouro (Taonga) dando um rosto próprio à Igreja local no âmbito da Igreja universal e que contempla a beleza da nossa terra e do nosso mar como dom sagrado de Deus confiado ao nosso cuidado para nós mesmos e para o futuro de nossas crianças (Tamariki) e netos (Mokopuna)¡±, conclui dom Lowe.
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