Bispos de Malauí, â e ܾáܱ lançam estratégias de colaboração: o incentivo do Papa
Cidade do Vaticano
A primeira reunião consultiva dos bispos católicos dos três países do sul da África foi realizada, em Lusaka, Zâmbia, de 3 a 5 de fevereiro. Promover a colaboração pastoral entre padres, leigos e consagrados foi um dos objetivos do evento.
O Papa Francisco enviou aos bispos uma mensagem, incentivando-os a "orar e refletir sobre a missão da Igreja na África Austral", para alcançar "uma proclamação cada vez mais eficaz do Evangelho e uma pastoral mais frutífera para o povo de Deus".
No comunicado divulgado no final dos trabalhos, os bispos enfatizaram o desejo de "repensar os objetivos, estruturas, estilo e método de evangelização" em cada país, deixando para trás a atitude de "sempre foi feito assim", que o Papa Francisco, na Exortação Apostólica "Evangelii Gadium" (n. 33), exorta a abandonar. Nessa ótica, considerando as semelhanças históricas e culturais entre as três nações vizinhas, os bispos estabeleceram alguns pontos específicos: colaboração concreta em temas comuns, como a formação do clero e a educação dos leigos; o estabelecimento de visitas mútuas de solidariedade "tanto nos momentos de dificuldade quanto nos mais pacíficos", para desenvolver "o espírito de fraternidade"; o uso de estruturas comuns existentes, como secretarias, para reduzir as despesas de cada Igreja; a organização de uma Assembléia Geral anual das três Conferências Episcopais.
Além disso, propõe-se a formação de uma Conferência Episcopal sub-regional envolvendo os bispos dos três países. Este possível novo órgão, no entanto, especifica a nota, não excluiria a participação, já existente, dos bispos de Malauí e da Zâmbia na Amecea (Associação de Membros das Conferências Episcopais da África Oriental), nem a dos bispos do Zimbábue no Imbisa (Assembleia Inter-Regional dos Bispos da África Austral).
As Igrejas católicas dos três países, em um espírito de solidariedade, lançam um apelo conjunto pela paz, reconciliação e diálogo em toda a região sul da África, para resolver os conflitos políticos e buscar soluções para a crise econômica predominante em muitas áreas, em risco de fome. Há também uma forte exortação a implementar ações concretas "para mitigar os efeitos negativos das mudanças climáticas", em casos de inundações e secas. O documento episcopal termina com uma invocação à Virgem Maria.
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