Bispos dos EUA relan?am apelo do Papa pelo desarmamento nuclear
Cidade do Vaticano
Os bispos dos EUA relançam o apelo do Papa Francisco contra o uso e a posse de armas nucleares, reiterado novamente em Nagasaki e Hiroshima em 24 de novembro passado por ocasião de sua viagem apostólica ao Japão.
Por uma completa eliminação das armas nucleares
¡°As palavras do Papa são um forte chamado ao fato que o status quo das relações internacionais, baseado na ameaça de uma destruição recíproca, deve ser mudado¡±, afirma uma nota difundida em 14 de fevereiro pela Comissão para a justiça e a paz da Conferência Episcopal dos EUA (Usccb), que recorda os apelos precedentes do episcopado estadunidense sobre a urgente necessidade de se fazer ¡°cortes drásticos e a sucessiva eliminação completa destas armas¡±.
Trata-se de uma necessidade reconhecida também pela comunidade internacional que para isto em 1968 aprovou o Tratado de não-proliferação nuclear, ressaltam os bispos norte-americanos.
O Papa recordou dever moral de um renovado compromisso
¡°O Papa Francisco aproveitou da sua visita ao Japão para recordar aos fiéis e a todos os atores estatais e não estatais o dever moral de um renovado compromisso para libertar o mundo das armas nucleares e da ameaça que representam¡±, continua a nota.
Esta responsabilidade ¡°pesa nas consciências de todos¡±, mas de modo especial diz respeito ao governo dos EUA, ressaltam os prelados: ¡°As nações que possuem armas nucleares devem tomar a iniciativa¡± de reduzi-las.
Retomada dos nacionalismos e da corrida armamentista
¡°Mas também as que não as possuem devem abster-se de procurar obtê-las a fim de que o artigo VI do Tratado de não-proliferação nuclear seja um instrumento eficaz¡± para sua completa eliminação, exortam em conclusão na nota.
Durante seu Pontificado, o Papa Francisco, como seus predecessores, tem voltado mais vezes sobre o tema do desarmamento nuclear, mas seus dois intensos discursos em Nagasaki e o encontro pela paz no Memorial de Hiroshima tiveram uma ressonância particular a nível mundial, quer pelos lugares em que foram pronunciados, quer pela força dos argumentos do Pontífice num contexto internacional marcado pela retomada dos nacionalismos e da corrida armamentista.
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