Quatro seminaristas sequestrados na é
Cidade do Vaticano
Ainda não se tem notícias dos quatro seminaristas sequestrados na noite de 8 de janeiro no Seminário Maior "Bom Pastor" em Kakau, ao longo da rodovia Kaduna-Abuja, proximidade de Kaduna, capital do Estado de Kaduna, no centro da Nigéria.
Em 8 de janeiro, entre 22h30 e 23h00, alguns bandidos atacaram o seminário, disparando indiscriminadamente, sem provocar vítimas. Depois do ataque, ao ser feita a chamada dos estudantes, constatou-se a falta de quatro seminaristas.
Segundo um porta-voz da polícia, no ataque que durou cerca de trinta minutos, os bandidos "tiveram acesso ao dormitório da escola, que abriga 268 estudantes.”
O sequestro de pessoal eclesiástico com o objetivo de extorsão é uma triste realidade na Nigéria, embora para alguns, a Conferência Episcopal local tenha proibido o pagamento de resgates pela libertação de padres, religiosos e seminaristas sequestrados.
Além da verdadeira chaga dos sequestros com o fim de extorsão, a Nigéria e outros países africanos tem sido palco de perseguições contra cristãos e assassinatos de religiosos. De fato, segundo a Agência Fides, após oito anos consecutivos em que o número mais elevado de missionários assassinados foi registrado na América, a partir de 2018 tem sido a África a ocupar o primeiro lugar nesta trágica classificação.
Papa Francisco
E essa realidade não passou desapercebida do Papa Francisco no discurso ao Corpo Diplomático em 9 de janeiro:
“Estendendo o olhar para outras partes do continente, dói constatar como continuam – particularmente no Burkina Faso, Mali, Níger e Nigéria – episódios de violência contra pessoas inocentes, entre as quais muitos cristãos perseguidos e mortos pela sua fidelidade ao Evangelho. Exorto a Comunidade Internacional a apoiar os esforços que estes países estão a fazer na luta para derrotar o flagelo do terrorismo, que está a cobrir de sangue partes cada vez mais extensas da África, bem como outras regiões do mundo”.
À luz destes acontecimentos – completou o Pontífice – “é necessário que se implementem estratégias que incluam intervenções não só no campo da segurança, mas também na redução da pobreza, na melhoria do sistema de saúde, no desenvolvimento e na assistência humanitária, na promoção da boa governança e dos direitos civis. Tais são os pilares dum real desenvolvimento social.”
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