ç: cardeal Barbarin é absolvido em apelação
Cidade do Vaticano
Realizou-se o processo de apelação do arcebispo de Lyon, na França, cardeal Philippe Barbarin, imputado de não ter denunciado abusos sexuais contra menores, no âmbito das acusações feitas ao ex-sacerdote Bernard Preynat.
A Corte de apelação do Tribunal penal de Lyon emitiu a sua decisão esta quinta-feira, 30 de janeiro de 2020. O cardeal Barbarin, condenado em primeiro grau a seis meses de cárcere com a condicional, foi absolvido ao término do processo de apelação, em conformidade com os pedidos do procurador formulados ao término das audiências realizadas em novembro.
O cardeal havia se apresentado em 28 de novembro diante da Corte de apelação de Lyon. Mediante seus advogados, tinha apresentado um recurso contra a sentença de condenação pronunciada pelo Tribunal penal de Lyon em 7 de março de 2019.
“Jamais, repito, jamais procurei esconder nada, e muito menos esses fatos terríveis”, havia se defendido o purpurado diante do juiz, por ocasião da primeira audiência. Depois, com a condenação, diante das telecâmeras, Barbarin anunciou a decisão de ir até o Papa Francisco apresentar-lhe o pedido de renúncia, a qual, porém, não foi aceita, por “presunção de inocência”.
O Papa deixou-lhe a liberdade de tomar a decisão melhor para a vida da arquidiocese de Lyon e, acolhendo sua sugestão, o cardeal deixou a condução da arquidiocese. Em 24 de junho foi nomeado administrador apostólico dom Michel Dubost.
No que tange ao governo da arquidiocese, um dos advogados do cardeal Barbarin havia anunciado no final de novembro que seu cliente “teria deixado Lyon”. Todavia, o processo judicial poderia continuar.
Efetivamente, o presidente da associação La Parole Libérée, François Devaux, tinha dito estar pronto para recorrer à Corte Suprema se o tribunal acolhesse os pedidos do procurador geral.
Por sua vez, o ex-sacerdote Bernard Preynat foi objeto de um processo eclesiástico e foi destituído do estado clerical em 4 de julho de 2019. Seu processo penal realizou-se agora, de 14 a 17 de janeiro, num processo completamente separado do processo do cardeal Barbarin.
O ministério público pediu a condenação a pelo menos oito anos de cárcere para o ex-sacerdote devido aos múltiplos abusos sexuais contra crianças e adolescentes de 7 a 15 anos. O veredicto será emitido em 16 de março próximo.
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