Moscou rompe comunhão com patriarca greco-ortodoxo de Alexandria
Cidade do Vaticano
O Sínodo da Igreja Ortodoxa Russa, que se reuniu em 26 de dezembro na residência patriarcal do Mosteiro de São Daniel em Moscou, confirmou "a impossibilidade de comemorar o nome do patriarca de Alexandria nos dípticos e de estar em comunhão com ele em oração e na Eucaristia."
Em 8 de novembro, Teodoro II, patriarca greco-ortodoxo de Alexandria e de toda a África, durante uma Divina Liturgia no Cairo, comemorou o metropolita Epifanio, líder da nova Igreja Ortodoxa ucraniana, cujo tomos foi concedido há um ano pelo patriarca ecumênico Bartolomeu I.
Como é sabido, a nova Igreja é considerada pelo Patriarcado de Moscou - que reconhece como única Igreja Ortodoxa Ucraniana aquela liderada pelo metropolita Onófrio - "um grupo cismático, uma estrutura não canônica".
Em uma nota Moscou, ao expressar "profunda aflição", precisou que "a decisão de reconhecimento da estrutura cismática na Ucrânia não foi tomada pelo Sínodo do Patriarcado de Alexandria, não foi colocada em votação aos seus hierarcas e, consequentemente, não tem caráter conciliar, mas foi adotada individualmente por seu primaz".
Neste sentido, a escolha dos ortodoxos russos de romper a comunhão com Teodoro II.
Além de Alexandria, a nova Igreja Ortodoxa Ucraniana foi reconhecida até agora pelo Patriarcado de Constantinopla e pela Igreja da Grécia.
O patriarca greco-ortodoxo de Alexandria é o sucessor de São Marcos e chefe da Igreja Ortodoxa Grega de Alexandria, no Egito. É parte da Igreja Ortodoxa. Atualmente, o título está com o 124º Patriarca Teodoro II.
A bispo máximo da Igreja Ortodoxa Grega de Alexandria é o "Papa e Patriarca de Alexandria e toda a África". Seu título completo é "Sua mais divina beatitude, o Papa e Patriarca da grande cidade de Alexandria, Líbia, Pentápole líbia, Etiópia, todo o Egito e toda a África, Pai do pais, Pastor dos pastores, Prelado dos prelados, décimo terceiro apóstolo e juiz de toda a Igreja ['Å“cumene']".
Assim como o patriarca copta-ortodoxo de Alexandria e o patriarca copta-católico de Alexandria, ele alega para si a sucessão do apóstolo Marcos no cargo de bispo de Alexandria, fundador da Igreja na cidade no século I d.C. e, portanto, fundador do cristianismo na África.
(Com L'Osservatore Romano)
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