ÃÛÌÒ½»ÓÑ

Busca

Protestos  em Banjul contra o atual presidente de G?mbia Protestos em Banjul contra o atual presidente de G?mbia 

G?mbia: diante da crescente islamiza??o, Igrejas defendem Estado laico

Os portugueses foram o primeiro povo a decidir estabelecer uma col?nia no Rio G?mbia, ponto estrat¨¦gico no com¨¦rcio de escravos. Em 1765, a G?mbia tornou-se col?nia brit?nica, sendo unida ao pa¨ªs vizinho sob o nome de Prov¨ªncia da Seneg?mbia. Em 1965, a G?mbia tornou-se independente do Reino Unido. Desde que se tornou independente, teve apenas tr¨ºs presidentes ¨C Dawda Jawara, que comandou o pa¨ªs por tr¨ºs d¨¦cadas, at¨¦ 2004 Yahya Jammeh, que ascendeu ao poder ao comandar o golpe que derrubou seu antecessor e Adama Barrow eleito por elei??es diretas em 2016.

Cidade do Vaticano

A inclusão no preâmbulo da nova Constituição em fase redação de uma lei que sancione a laicidade do Estado. É o que defendem as Igrejas cristãs na Gâmbia, preocupadas com a crescente islamização do país, com 90% da população muçulmana, iniciada pelo ex-ditador Yahya Jammeh, no poder por 22 anos.

Pouco antes de sua saída do cenário político, após a derrota nas eleições presidenciais de 2016, Jammeh havia declarado a Gâmbia uma República Islâmica, sem consultar a Assembléia Nacional ou convocar um referendum, iniciativa que havia suscitado protestos dos cristãos.

Apesar de suas garantias, teve início uma série de restrições, entre as quais a imposição do véu também às mulheres cristãs empregadas na administração pública e a redução do espaço do cemitério cristão de Banjul.

E é para impedir que esse tipo de abuso ocorra novamente que, nos últimos dias, o Conselho Cristão da Gâmbia (CCG), formado pelas Igrejas Católica, Anglicana e Metodista exigiu que, no preâmbulo da futura Carta Constitucional, seja especificado o termo "Estado laico".

Na Gâmbia, os cristãos representam cerca de 9% da população, dos quais pouco mais de 2% são católicos. A atual Constituição reconhece a liberdade religiosa e as comunidades religiosas não são obrigadas a se registrar, enquanto a lei garante o direito à educação religiosa, quer islâmica como cristã, tanto nas escolas estatais como privadas.

As relações entre a Igreja Católica e as instituições muçulmanas no geral são boas, ainda que a virada para a tendência islãmica de Jamneh tenha despertado fortes preocupações entre os cristãos.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp

17 dezembro 2019, 11:28