"Marcha da f¨¦ para Chiquitania", na µþ´Ç±ô¨ª±¹¾±²¹, em defesa da casa comum
Cidade do Vaticano
¡°Não possuímos esta terra, somos seus administradores e, portanto, somos chamados a proteger e defender a terra, e o fazemos segundo a nossa f顱: com essas palavras, o arcebispo de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, Dom Sergio Alfredo Gualberti Calandrina, encorajou todos a participarem da ¡°Marca da Fé para Chiquitania¡±, programada para esta sexta-feira (20/09), a partir das 18h30 locais. Trata-se de uma iniciativa de solidariedade e oração em defesa da nossa ¡°casa comum¡±.
Incêndios alastrados nos últimos meses
Efetivamente, a zona de Chiquitania foi uma das mais atingidas pelos incêndios nos últimos dois meses. Infelizmente ¨C já tinham alertado os bispos locais em 11 de setembro ¨C, ¡°há sérias indicações de que por trás desse desastre nacional e humanitário se encontre uma decisão de expandir a fronteira agrícola na Bolívia, sem considerar os interesses da casa comum, nem os princípios basilares da ética ecológica, nem os povos indígenas¡±.
Os cristãos não podem ficar indiferentes
Em seu pronunciamento durante a coletiva de imprensa na quarta-feira (18/09), Dom Sergio Gualberti reiterou a grande preocupação da Igreja boliviana: ¡°Ouvimos o grito do povo de Deus, de todo o leste boliviano, devido a esses incêndios desastrosos e suas grandes consequências a nível ecológico. Daí, o motivo porque como cristão não podemos ficar indiferentes¡±.
¡°Queremos contribuir com a nossa voz, com a nossa presença e aquilo que nos caracteriza é a fé no Deus da Vida, no Deus da Criação, que quer um equilíbrio com toda a Criação, quer que nós seres humanos cuidemos deste dom que nos fez¡±, acrescentou.
Iniciativa ecumênica
A iniciativa da Marcha não é exclusivamente dos católicos, mas tem caráter ecumênico: de fato, o Pastor Jorge Willis, da Igreja metodista evangélica na Bolívia; Pe. Hedra El Anba Boula, da Igreja copta ortodoxa; Leidy Muñoz, do Comitê central Menonitas, estavam presentes na coletiva de imprensa, junto com as religiosas Maria Susana Guzmán, delegada episcopal competente para a educação de Santa Cruz; Irmã Mónica Canedo, da Conferência boliviana dos religiosos; e Pe. Hugo Ara, vigário da Comunicação da Arquidiocese.
Destruídos 2 milhões de hectares de terreno
Um primeiro relatório das autoridades de Santa Cruz de la Sierra informa que os incêndios na Bolívia destruíram 2 milhões de hectares de terreno, dos quais 900 mil em zonas sob proteção. As perdas materiais da população ainda não foram quantificadas. Registra-se um número impressionante de animais mortos queimados nesta área da Bolívia.
(Fides)
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