Santuário dos Mártires de Munyonyo elevado à Basílica Menor
Tiziana Campisi - Cidade do Vaticano
O Santuário dos Mártires de Munyonyo, em Uganda, foi elevado à Basílica Menor. Com a aprovação do Papa Francisco, o decreto foi assinado em 19 de julho e anunciado pelo prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, cardeal Robert Sarah.
O status de Basílica Menor para a Igreja de Munyonyo havia sido solicitado pelo arcebispo de Kampala, Dom Cipriano Kizito Lwanga. O anúncio oficial foi dado pelo cardeal Sarah durante uma Missa solene celebrada durante a sua visita por ocasião da celebração do Jubileu de Ouro do SECAM e da 18ª Assembleia Plenária, realizada em Kampala de 19 a 29 de julho.
O purpurado, relata Amecea News, fez votos de que o Santuário continue a ser um local privilegiado para o encontro com Deus, onde muitos cristãos possam experimentar o perdão de Deus através do Sacramento da Reconciliação.
A história da Basílica
A basílica é dedicada aos 22 servos, pajens e empregados do rei de Buganda, convertidos ao catolicismo, e assassinados no século XIX por se recusarem a renunciar à fé. Sua construção teve início em 2015, precisamente no lugar da execução.
O Papa Francisco abençoou a pedra fundamental do Santuário em 27 de novembro de 2015, durante sua Viagem Apostólica ao Quênia, Uganda e República Centro-Africana.
O prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, cardeal Fernando Filoni, dedicou-o aos mártires ugandenses em 28 de outubro de 2017.
A de Munyonyo é a terceira Basílica Menor de Uganda - depois daquela da Santíssima Virgem Maria de Londonga (1961) e do Santuário de Namugongo (1993) - e a 23ª na África.
O título de Basílica Menor, ao qual estão associados privilégios eclesiásticos especiais concedidos pelo Papa, é geralmente atribuído a algumas igrejas por sua antiguidade, valor histórico ou arquitetônico ou por seu significado como lugar de culto.
O decreto Domus ecclesiae da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, que contém as "normas para a concessão do título de Basílica Menor", estabelece que a Basílica deve se destacar como centro de liturgia e de cuidado pastoral.
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