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Uganda: tem início o Jubileu de Ouro do Secam

Depois das celebrações do Dia dos Mártires Ugandenses, a Igreja Católica está pronta para acolher a 18ª Assembleia Plenária e as celebrações do Jubileu de Ouro do Simpósio das Conferências Episcopais da Áڰ e Madagascar (Secam).

Emanuela Campanile/Mariangela Jaguraba – Cidade do Vaticano

Com uma celebração eucarística na Catedral ugandense de Rubaga, em Campala, teve início na manhã deste domingo (21/07), o Jubileu de Ouro do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar (Secam).

O evento faz parte da XVIII Plenária de coordenação eclesial continental, a maior da Igreja Católica. “Igreja-Família de Deus na África celebra o seu Jubileu! Proclamar Jesus Cristo como seu Salvador” é o tema que as 40 delegações, que representam as 40 Conferências Episcopais que formam o Secam, refletirão durante nove dias.

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A abertura dos trabalhos da XVIII Assembleia Plenária foi feita na tarde deste domingo e a celebração conclusiva se realizará no domingo, 28 de julho, no Santuário Católico de Namugongo.

Dentre as pessoas presentes, dois padres fundadores do Simpósio. Trata-se do arcebispo emérito James Odongo, da Arquidiocese de Tororo, e do bispo emérito Albert Edward Baharagate, da Diocese de Hoima. Este último foi consagrado bispo, junto com outros 11 religiosos, pelo Papa Paulo VI durante sua viagem apostólica à África em agosto de 1969.

O Jubileu de Ouro

Precisamos voltar atrás 50 anos para entender a importância desse jubileu profundamente ligado à figura do Papa Paulo VI, o primeiro pontífice a ir à África (31 de julho a 2 de agosto de 1969).

“A Igreja na África tem diante de si uma tarefa original e imensa: deve dirigir-se como «mãe e mestra» a todos os filhos desta terra do sol; deve oferecer-lhes uma interpretação tradicional e moderna da vida; deve educar o povo para as novas formas de organização civil, purificando e conservando os sábios da família e da comunidade (Paulo VI).”

Segundo o site oficial da Associação de membros das Conferências Episcopais da África Oriental (Amecea), “o objetivo do Jubileu é agradecer a Deus por suas maravilhas e suas obras maravilhosas, dom do Batismo e da Igreja, para refletir sobre os progressos realizados até agora, com o objetivo de aprofundar as raízes em Cristo”.

O Secam

A história nos leva ao Concílio Vaticano II (1962-1965), período em que os bispos africanos decidem criar uma estrutura continental capaz de unir a Igreja na África, promovendo a colaboração no ministério pastoral diante das várias  diversidades, étnicas, culturais e linguísticas, presentes no Continente.

A ideia foi aprovada, em 1968, depois do Concílio, e o Papa Paulo VI decidiu ir à África para a inauguração do Symposium e, como peregrino, ao Santuário de Namugongo dedicado aos Mártires de Uganda que ele mesmo canonizou quatro anos antes.

“Eu vim para honrar seus mártires. Aqui surge um santuário para a glória do Senhor em sua memória. Quis vir de Roma para abençoar o altar deste Santuário. A minha intenção é venerar, com esse ato, todos os outros cristãos que deram a vida pela fé católica na África, aqui e em todo lugar (Paulo VI).”

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21 julho 2019, 18:44