²Ñ¨¦³æ¾±³¦´Ç. ?nico muro para deter os migrantes ¨¦ o desenvolvimento nos pa¨ªses de origem
Cidade do Vaticano
¡°O México vive uma realidade sem precedentes. Segundo o Instituto Nacional da Migração (INM), estima-se que nos primeiros seis meses deste ano o fluxo de migrantes já tenha superado em 232% o registrado em 2018, e cerca de 360 mil sem documentos encontram-se espalhados no território nacional ou já entraram nos EUA. O sistema de imigração, tanto em nosso país quanto nos EUA, dá conta de um falimento, mas também da urgente necessidade de enfrentar as causas profundas desta crise migratória, vez que a única ¡®barreira¡¯ que poderia deter o fluxo de migrantes é o desenvolvimento econômico, político, cultural e social em seus países de origem¡±: é o que afirma o editorial do semanário ¡°A partir da f顱, publicado pela Arquidiocese de México (Cidade do México), em seu número deste domingo (07/07).
Um sistema de imigração falido
Nos últimos dias, com a foto que girou o mundo sobre a trágica morte de um pai emigrante e de sua filha quando tentavam atravessar o Rio Grande, muitas instituições, católicas e não, comentaram o fenômeno da mobilidade internacional como consequência inegável de um sistema de imigração falido, cuja inflexibilidade leva sempre mais irmãos a decidir entre o futuro deles ou a vida deles.
A última tragédia foi registrada este sábado, 6 de julho, quando as agências informaram o trágico fim de uma jovem migrante da Guatemala, morta no deserto do Arizona.
Situação que clama justiça aos céus
¡°A Igreja, nos EUA e no México, claramente indicou que cada um dos irmãos que padecem na tentativa de alcançar o chamado ¡®sonho americano¡¯, clama justiça ao céus, mas também soluções humanas para todos aqueles que têm o desejo legítimo de alcançar melhores condições de vida¡±, continua o texto da publicação da arquidiocese mexicana, que prossegue:
¡°A Igreja considera com preocupação a concentração excessiva que se está verificando nos confins do sul e do norte do México. É uma realidade que algumas dioceses encontram-se sobrecarregadas com o número de migrantes que transitam por seu território, com problemas de esgotamento, desidratação, ferimentos ou agressões da criminalidade organizada e, por vezes, das próprias autoridades migratórias. Todavia, a assistência ainda é dada aos irmãos, de modo sempre organizado.¡±
Promover o diálogo e a negociação transparente
Como ressalta a Conferência Episcopal Mexicana (CEM), referente a esse drama, ¡°as autoridades mexicanas são responsáveis em fazer maiores esforços na atenção aos migrantes e a continuar promovendo o diálogo e a negociação transparente nas relações bilaterais, sem cair na chantagem ou nas ameaças¡±.
Erradicar a violência e melhorar as economias locais
¡°Cabe às autoridades norte-americanas promover o trabalho conjunto com os governos do Triângulo norte e o governo do México para erradicar a violência e melhorar as economias locais, das quais as pessoas são obrigadas a emigrar.¡±
¡°Compete a todos os mexicanos ¨C especialmente aos que se definem cristãos ¨C o esforço para erradicar a xenofobia, para reconhecer e ajudar as famílias que fogem de violências, perseguições e extrema pobreza, e que esperam, em nosso país, ser tratadas com compaixão e amor, mas sobretudo com dignidade¡±, conclui o texto.
(Fides)
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