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Pe. Fabien Kelehezo: "O Papa chama novamente a uma conversão missionária da Igreja". Na foto, JMJ Filipinas Pe. Fabien Kelehezo: "O Papa chama novamente a uma conversão missionária da Igreja". Na foto, JMJ Filipinas 

Face a uma pobreza galopante, os desafios DzáDz nas Filipinas

“Certamente o estilo do Papa Francisco e seu magistério está mudando a missão e está dando um avanço muito significativo, uma nova consciência missionária e um despertar”, explica o conselheiro geral dos Missionários Xaverianos, Pe. Fabien Kalehezo T'Chiiribuka, há anos docente em Manila

Cidade do Vaticano

Nas Filipinas, onde a grande maioria da população vive ainda abaixo da linha da pobreza, o combate às desigualdades e a promoção dos direitos humanos constitui um verdadeiro desafio para a Igreja local.

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Mais de 10% da população ativa vive e trabalha no exterior

É o que ressalta o conselheiro geral dos Missionários Xaverianos, Pe. Fabien Kalehezo T’Chiiribuka, há anos docente em Manila, o qual recorda que no arquipélago do Sudeste Asiático “a pobreza não é somente material, mas também social e antropológica”.

Compreende-se então porque mais de dez por cento da população filipina ativa adulta vive e trabalha no exterior. Os filipinos podem ser encontrados em 197 nações. “Os recursos destes constituem um fluxo financeiro muito importante para melhorar as condições de vida de suas famílias que ficaram no país deles”.

Projeto de microfinanciamento de apoio a famílias pobres

“Fala-se  de uma verdadeira ‘cultura da migração’ que, se a nível econômico traz algumas vantagens para a nação, a nível social determina graves consequências para milhões de famílias”, observa o sacerdote xaveriano.

Há muitos anos a atuação dos xaverianos na nação asiática se dá também através de projetos de microfinanciamento de apoio a famílias pobres possibilitando a abertura de pequenas atividades.

Igreja missionária entre os povos, aberta à humanidade

Além disso, a colaboração com a Igreja local se realiza também com várias atividades nos setores de justiça, paz e diálogo inter-religioso, que se mostra “imprescindível no mundo asiático”.

“Os desafios que a Providência nos oferece para um autêntico empenho evangélico e missionário são muitos – resume Pe. Kalehezo –, sobretudo promovemos o papel da Igreja, com a qual partilhamos nosso carisma missionário e buscamos ajudá-la a tornar-se ela mesma uma Igreja missionária entre os povos, aberta à humanidade”.

Magistério de Francisco, avanço significativo para a missão

“Certamente o estilo do Papa Francisco e seu magistério está mudando a missão e está dando um avanço muito significativo, uma nova consciência missionária e um despertar”, explica o conselheiro geral dos Missionários Xaverianos, que em seguida faz uma referência à Exortação apostólica Evangelii gaudium.

“O Papa chama novamente a uma ‘conversão missionária’ da Igreja e convida todo fiel a ‘discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede”, para alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho”, recorda Pe. Kalehezo.

Levar o Evangelho especialmente aos pobres e oprimidos

A situação atual do mundo não mais permite à Igreja permanecer inerte e parada esperando, deve sair de seus confins rumo aos distantes, aos excluídos. O desafio é “investir na formação dos próprios cristãos”, sobretudo dos líderes responsáveis pelas comunidades e pelos animadores pastorais, evidencia o religioso.

“Nossa missão é contribuir para construir uma Igreja asiática missionária, comprometida em levar o Evangelho a todo pensamento, a todo coração, especialmente em meio às multidões dos pobres e dos oprimidos”, afirma por fim.

(L’Osservatore Romano)

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04 julho 2019, 14:06