20 anos da Doutrina da Justificação: mesma fé em Jesus Cristo
Cidade do Vaticano
O presidente da Federação Luterana Mundial (FLM), o arcebispo nigeriano Musa Panti Filibus abriu a Oração Ecumênica, no dia 16 de junho passado, na Comemoração do 20º aniversário da Declaração da Justificação, assinada pela Igreja Católica e pelos Luteranos em 31 de outubro de 1999 em Augusta. Na ocasião, Dom Filibus recordou: “Viemos de todo o mundo para recordar que no batismo fomos incorporados no único corpo de Cristo”. Seguiram-se a estas duas adesões, em 2006 a do Conselho Metodista Mundial (WMC) e em 2017 a do Conselho Consultivo Anglicano (ACC) e a da Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas (WCRC), portanto a Declaração assumiu um valor ecumênico bem maior.
Participação de todos os representantes
Durante a Oração, tomaram a palavra o pastor Martin Junge, secretário-geral da Federação Luterana, o beneditino Augustinus Sander do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, o bispo Ivan M. Abrahams, secretário-geral do Conselho Metodista, o reverendo Philip Vinod Peacock, secretário executivo das Igrejas Reformadas para a justiça, o arcebispo anglicano Josiah Idowu-Fearon, secretário-geral do Conselho Anglicano e o pastor Emmanuel Fuchs, presidente da Igreja Protestante de Genebra.
A atualidade da Declaração
Para sublinhar, mais uma vez, a atualidade e ecumenicidade da Declaração, durante a oração foi lido o texto redigido em março passado na Universidade de Notre Dame no final de um simpósio ao qual tomaram parte anglicanos, católicos, luteranos, metodistas e reformados. A oração foi celebrada no mesmo período da reunião anual do Conselho da Federação Luterana Mundial.
Durante os trabalhos do Conselho dos Luteranos foi chamada a atenção sobre um ulterior desenvolvimento do caminho ecumênico, também pela presença de hóspedes de outras confissões cristãs que recordaram a contribuição dos luteranos para a construção da unidade visível da Igreja.
O milagre de Lund
Recordando a importante viagem apostólica do Papa Francisco à Suécia, em novembro de 2016, por ocasião da comemoração comum luterano-católica dos 500 anos da Reforma, o pastor luterano Olav Fykse Tveit, secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) dirigiu-se aos Luteranos, afirmando “os cristãos compartilharam a fé comum em Jesus Cristo, respondendo assim a chamada à unidade”.
O beneditino Sander sublinhou a importância do “milagre de Lund”, na Suécia, que abriu novas perspectivas para o caminho ecumênico e não só para as relações entre católicos e luteranos: depois de Lund, disse, os cristãos “não podem mais fechar os ouvidos aos gritos da violência e da injustiça, mas devem escutar aquilo que o Espírito quer dizer às Igrejas”.
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