Pe. Zagore: unidade e solidariedade para superar o extremismo religioso
Cidade do Vaticano
A Igreja e toda a população de Burkina Fasso, país do oeste da África, encontram-se num contexto de sofrimento extremo. Crescem o terrorismo e o extremismo religioso, sacerdotes são assassinados, cristãos são sequestrados, não são poupadas nem mesmo as igrejas, que são destruídas.
Nesse contexto de violência e sofrimento, os bispos das Conferências nacionais e interterritoriais da África Ocidental que constituem a RECOWA-CERAO (Conferência Regional Episcopal da África Ocidental) prosseguem este dias – de 13 a 20 de maio – em Uagadugu, capital burquinense, em sua 3ª Assembleia Plenária.
Sinal profético e fraterno dos bispos da África Ocidental
“Os cristãos em Burkina Fasso, como muitos outros na África, sofrem violências por causa de sua fé. É nesse contexto de sofrimento que os bispos da África Ocidental se encontram para levar, num espírito profético e fraterno, seu apoio moral e espiritual aos cristãos, em particular, e ao povo burquinense, em geral. Na África se costuma dizer que é na miséria que se reconhecem os verdadeiros amigos”, ressalta o teólogo marfinense da Sociedade das Missões Africanas, Pe. Donald Zagore.
“Ocorre ainda que, no nome de Alá o misericordioso, tem gente que mata. A verdade, porém, é que Alá não manda ninguém matar por sua conta. Aqueles que matam em nome de Alá são unicamente criminosos que merecem ser detidos e julgados segundo as leis em vigor”, prossegue o missionário.
Cristãos de Burkina Fasso não estão e jamais estarão sozinhos
“Hoje, mais do que nunca, a Igreja na África Ocidental através dos bispos, quer mostrar ao mundo que os cristãos de Burkina Fasso não estão e jamais estarão sozinhos nesta luta contra o extremismo religioso. A luta será vencida porque permanecemos firmemente conscientes do fato de que o mal, qualquer que seja o seu conteúdo, não terá a última palavra em nossa vida. Mas não poderemos enfrentar esse desafio se nossos governos não estiverem envolvidos de modo concreto e eficaz”, afirma.
O sacerdote conclui dizendo: “É tempo de os nossos governos da região se unirem verdadeiramente, utilizando os meios necessários para dar fim a essa tragédia humana. Na unidade e na solidariedade superaremos o extremismo religioso”.
(Fides)
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