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Domingos Pinto - Lisboa

“Criar nas pessoas uma consciência mais clara daquilo que são as instituições europeias”.

O apelo é do Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) em entrevista à Pope a propósito das eleições europeias do próximo domingo, 26 de maio.

“Uma ação concertada com as Comissões Justiça e Paz Europeias”, diz Pedro Vaz Patto que reafirma o essencial da nota que a CNJP escreveu no contexto do próximo ato eleitoral onde aponta a “crise de confiança” que se vive atualmente no Velho Continente, e alerta ainda para a abstenção, “um reflexo desta crise de confiança” dos eleitores.

Para o presidente da CNJP, “para vencer esta crise é necessário salientar que a União Europeia assenta em princípios, em valores, mais do que uma conjugação de interesses em que cada um dos Estados procura reivindicar determinados interesses numa perspetiva parcial, limitada, e, portanto, não tem uma visão mais ampla daquilo que poderemos chamar um bem comum europeu”.

“O apelo é dirigido de modo particular aos deputados portugueses na medida em que temos ligações com alguns países mais pobres do mundo, como os Países de Expressão Portuguesa”, diz o presidente da CNJP que considera que “a União Europeia não pode ser uma fortaleza”, e destaca as quatro grandes prioridades do documento da CNJP: a justiça social, o combate ao desperdício alimentar, o fim da exportação de armas que possam ser utlizadas em guerras e conflitos, e o respeito pelos direitos humanos por parte de empresas multinacionais.